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  • Faça parte dessa história

    Faça parte dessa história Após quase 4 anos de atuação, a Associação Aventura de Construir tem o prazer de apresentar o seu vídeo institucional, onde conta a história de três microempreendedores assessorados por nós em três áreas da periferia de São Paulo – Jardim Canaã, Perus e Sol Nascente. Mais que isso, o progresso observado nesses empreendimentos faz parte da nossa própria história; o desejo que pulsa no coração desses empreendedores faz a Aventura de Construir existir. E são tantos corações vibrando juntos nessa caminhada desde 2012, que não cabia mais nas palavras. Precisamos mostrar, dar cores, rostos e vozes a essa história compartilhada e realizada por tantas mãos. E assim, surgiu esse vídeo. Tão colaborativo quanto a história que ele conta. Com o incrível trabalho voluntário de Bruno Tiezzi na direção e edição do material, do músico Marcelo Cesena na criação da trilha, de Carol Marcoccia e Fernanda Lanza na assessoria de comunicação. Contamos também com a abertura e disponibilidade das empreendedoras Juselia Souza, Maria Zelma, Simone e Milene da Silva. E deixamos o vídeo ainda mais especial com os depoimentos de parceiros e amigos, como Aron Zylberman e Carlos Ferreirinha. Agora, lançamos para o mundo! Para que todos esses passos já trilhados cheguem até você que nos lê, e, através de você, a tantos outros. Para que mais pessoas entendam a importância de contribuir a favor de um mundo com mais oportunidades, mais pontes e mais sonhos! Assista agora, se deixe impactar e faça parte dessa história você também! Silvia Caironi

  • Pascoa não é uma semana como as outras, sobretudo se você tem uma loja

    Pascoa não é uma semana como as outras, sobretudo se você tem uma loja Uma semana que vale dois meses: essa é a Pascoa para os microempreendedores que entrevistamos. Nós ficamos pensando no cardápio do almoço pascoal, em como cozinhar o bacalhau na sexta-feira santa e nos ovos de chocolate para as crianças. Quem trabalha no varejo, especialmente no setor alimentar, está ocupado em comprar as matérias primas, gerenciar o estoque, organizar a produção. E está preocupado nas vendas: qualquer erro ou fracasso nesse período vai impactar muito nos resultados do empreendimento. Saber-se organizar é crucial Processos e organizações que funcionam em tempos normais podem entrar em crise quando tem picos de demanda. A experiência ajuda, como nos conta Cristina que tem uma confeitaria: “Quando comecei o negócio, há 15 anos, antes de Páscoa me sentia nervosa. Chegava a desperdiçar muito produto para fazer ovos, cometia deslizes e nem sempre atendia a expectativas. Mas a “prática fez a perfeição” e hoje não me sinto nervosa e não deixo de atender ninguém adequadamente”. Mas é sempre bom parar algumas semanas antes para pensar o que deu certo e o que deu errado nos anos passados, no que mudou e no que precisa. É melhor prevenir do que remediar, especialmente se não tem remédio até o próximo ano! Oportunidade de confraternização É Páscoa para nós também, não é? “É um período bom para os negócios e para a família: dá para sonhar mais alto e se entusiasmar. Às vezes dá para comprar algo que não daria para comprar em outras épocas.” Eliane e vários outros empreendedores nos falaram da importância da Pascoa e das outras festas para a motivação pessoal, da família e da equipe. “É a única época em que contratava funcionários e os demais membros da família ajudavam. Assim um período de negócios se tornava um momento familiar, um teste de união” ressalta Cristina. Comemorar festas ou bons resultados ajuda criar um clima positivo e gerar aquela satisfação que é como o óleo no motor: sem esse pode até rodar, mas quanto esforço! É bom lembrar que a satisfação depende das expectativas: as vezes vale mais uma surpresa que um aumento de salário (e a surpresa pode ser mais barata). E se a Páscoa acontecesse todos os dias? ”Os ovos são sempre o nosso carro chefe”, “Continuo com os preços de antes”. Com tanto em jogo, faz muito sentido não arriscar com coisas novas. Ao mesmo tempo a criatividade pode abrir horizontes novos: se a Páscoa é tão forte para aumentar as vendas, não seria bom criar mais Páscoas no ano? Ou pequenas Páscoas todos os dias? Parece impossível, mas é o que fez Michele Ferrero, fundador da Ferrero e inventor da Nutella e do Rocher, que teve um sucesso espantoso vendendo pequenos ovos de Páscoa (os “ovinhos Kinder”) com surpresas divertidas que as mães não podiam não comprar quando as crianças os viam nos estantes dos supermercados. Que espaços criativos despertam estas histórias de sucesso entre microempreendedores? Que desejo de superação geram no coração? Que mobilização de recursos para ir atrás destes desejos até converter a Páscoa numa oportunidade de todos os dias??? Pensamos deixar estas perguntas como provocação porque a experiência da Ferrero, assim como aquelas da Cristina e da Eliane em contextos diferentes, leva consigo uma lição que nos ensina a descobrir como crescer, cuidando dos nossos clientes, dos nossos parceiros e de todos os que permitem que o nosso empreendimento se torne grande! Silvia Caironi

  • 8 março: Dia internacional das Mulheres e as pequenas revoluções cotidianas

    8 março: dia internacional das Mulheres e as pequenas revoluções cotidianas Ao aproximar-se do 8 de março é frequente ouvir histórias de mulheres que se tornaram famosas pelas descobertas revolucionárias no campo da ciência, medicina, arte, tecnologia, negócios. Nós preferimos dar voz às mulheres comuns, “invisíveis” nas mídias, que conhecemos ao longo do nosso trabalho “um a um” com micro empreendedores e empreendedoras de baixa renda: mulheres como tantas que existem nas nossas imensas periferias urbanas. Sem muita noção disso, todos os dias elas realizam pequenas revoluções. Exemplos de mulheres empreendedoras Lucicleide é moradora de uma região periférica de São Paulo. Tem uma pequena loja de variedades no andar térreo da própria casa. A vida dela se divide entre o cuidado do negócio e da casa, onde vive com o marido e dois filhos adolescentes. Recentemente, a irmã faleceu e ela teve que passar um tempo fora da Capital. O marido dela ficou desempregado durante um ano e só voltou a trabalhar recentemente, com o salário cortado pela metade. Durante este tempo, ela sustentou a família inteira com a renda do comércio. Para conseguir manter a loja aberta, ela reorganizou a própria vida profissional e familiar: hoje em dia, em casa de Lucicleide as tarefas domésticas são divididas e cada membro tem as próprias obrigações, compartilhando a responsabilidade dentro do lar. Valdinha tem mais de sessenta anos, é aposentada, mora e trabalha em outro bairro periférico de São Paulo, não longe do bairro de Lucicleide. Possui um pequeno ponto onde nos últimos anos foram desenvolvidos vários tipos de comércio: avicola, oficina de costura, loja de sapatos, chaveiro, venda de enxovais, pano de chão e roupa para “pets”. Com a sua aposentadoria e a renda destes serviços, Valdinha ajudou financeiramente o marido debilitado, os filhos desempregados e os netos a estudarem. Atualmente um dos filhos abriu um pequeno pet shop e banho e tosa em um local ao lado da loja de Valdinha, cuja reforma foi inteiramente custeada por ela. Francisca é vizinha de Lucicleide e também é comerciante. Abriu a própria mercearia em 2000. Aqui você encontra desde as bebidas até os chinelos e o rodo de chão. Todos os meses Francisca paga as próprias contas, faz pequenos investimentos na lojinha, manda dinheiro para a mãe e para filha, ajuda pessoas carentes com gêneros alimentícios. Francisca passou por vários problemas de saúde e por uma cirurgia. Atualmente está saindo de um relacionamento abusivo e controlador com o próprio marido após quase 20 anos. Empoderamento Lucicleide, Valdinha e Francisca, além do gênero e da localidade geográfica, tem um outro aspecto em comum: elas estão se empoderando. De acordo com o 5° Objetivo de Desenvolvimento Sustentável, a igualdade de gênero transcende a dimensão da cidadania e do direito à vida, envolvendo também as questões econômicas e o protagonismo feminino em todas as suas facetas: independência financeira, reconhecimento do trabalho doméstico não remunerado e promoção da responsabilidade compartilhada da família, direitos iguais e acesso aos recursos econômicos e à propriedade*. A igualdade de gênero não é apenas um direito humano básico, mas a sua concretização tem enormes implicações socioeconômicas. Empoderar as mulheres impulsiona economias a se tornarem mais prósperas, estimulando a produtividade e o crescimento: a cada dólar investido em programas de geração de renda para mulheres, estima-se um retorno de 7 dólares. Além da igualdade formal A busca por equivalência social entre homens e mulheres, ou seja, mesmos direitos, deveres, privilégios e oportunidades de desenvolvimento não significa, porém que homens e mulheres devem ser sempre tratados como iguais ou terem o mesmo comportamento. Pelo contrário. Como princípio, a igualdade só pode ser mesmo alcançada se olharmos com atenção e respeito para as características e necessidades de cada um, reconhecendo e respeitando as diferenças. A mera comparação homem-mulher quanto as capacidades intelectivas, manuais e em geral funcionais, deixaria uma conversa sobre a questão de gênero estéril, pois focaria apenas nos limites de cada um. Neste debate, preferimos ressaltar a riqueza do gênero feminino e colocar uma perspectiva diferente, que passe da dimensão do “fazer” para aquela do “ser”, com as palavras do Papa Francisco. “A mulher é poesia, é beleza. Somente ela traz aquela harmonia que nos ensina a acariciar, a amar com ternura e que deixa o mundo uma coisa bonita. O escopo da mulher é criar a harmonia e sem ela não existe harmonia no mundo”. Silvia Caironi *Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável são uma agenda mundial adotada durante a Cúpula das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável em setembro de 2015 composta por 17 objetivos e 169 metas a serem atingidos até 2030.

  • O desfile de Carnaval exemplo de organização

    Onde a organização brasileira é a melhor do mundo Pontualidade, organização meticulosa, qualidade em excesso, coordenação, criatividade. Tirando a criatividade, não é normal mencionar essas virtudes em relação ao Brasil. Curioso porque, a cada ano, por pelo menos duas noites, o Brasil mostra picos de precisão organizacional sem comparação no mundo: são os desfiles do Grupo Especial das Escolas de Samba do Rio de Janeiro. O desfile: o maior espetáculo do mundo É, com certeza, o maior espetáculo do mundo. Cada escola mobiliza da três a cinco mil integrantes, e a cada noite desfilam 6 escolas. Qual outro espetáculo envolve assim dezenas de milhares de pessoas, para dois dias seguidos? Escolas de Samba e de Organização de Empresas Aos olhos dos turistas se destacam os carros alegóricos, aos olhos dos torcedores os detalhes dos passos da porta-bandeira, e aos ouvidos de todos, a bateria! Mas, para quem trabalha no gerenciamento de empresas, o que – no final – deixa maravilhado é o nível e a qualidade da organização envolvida. Todos sabemos o quanto é irritante e bagunçado jantar num restaurante em grupo de mais de 10 pessoas, como, então, é que 12 escolas conseguem organizar milhares em um conjunto harmônico, expressivo e empolgante? Não seria bom ver as nossas empresas trabalharem assim? Como é possível? Os princípios de gestão empresarial finalmente aplicados! Analisando um pouco, se vê que uma Escola de Samba se baseia sobre os mesmos princípios que são ensinados nas Escolas de Gestão Empresarial: a verdadeira diferença é que são tomados a sério! A missão, por exemplo, é clara (“Vencer!”) e mobiliza cada integrante, de verdade. Ajuda também que a própria tarefa individual dê satisfação: desfilar no Sambódromo arrepia, não é? Os valores são transmitidos de geração em geração: se vence com a criatividade, a alegria, a beleza, a empolgação, a sincronia… Com toda a sensualidade colocada a mostra, tentar vencer com a nudez seria considerado fora de lugar (e, de fato, se pode ver que em um desfile a nudez é inversamente proporcional a criatividade da Escola e aos resultados finais). Tem alguém explicitamente dedicado a pensar na visão: o carnavalesco é a peça chave para o sucesso de uma escola, e o seu trabalho é – literalmente –definir como a Escola deve aparecer na Sapucaí. Regras Missão, valores e visão são a força motriz de uma empresa, e as regras e os padrões de qualidade são os trilhos. No desfile são claros, tem juízes que os aplicam, e nada escapa (é assim na sua empresa também?). Pontualidade Tem um cronograma e o desfile deve começar na hora programada e levar entre 65 e 82 minutos. Cada atraso ou cada minuto a mais ou a menos tem consequências. É assim no trabalho também, mas nos iludimos que não e aceitamos a desorganização: quanto custa o atraso de uma reunião? Calcula os salários dos participantes e avalia… Preparação Os ensaios das Escolas de Samba começam em setembro, mais ou menos. Para pouco mais de uma hora de show tem dezenas de horas de treinamento: ensinar, explicar, fazer, avaliar… e repetir, e repetir, e repetir. Não podemos achar que a qualidade venha de graça nas nossas organizações, precisa-se de dedicação, cuidado e – as vezes – formação específica. Criatividade e organização Uma última nota: achamos que a organização é chata e a fantasia e a criatividade são bacanas, mas o desfile é uma das coisas mais criativas do mundo e – ao mesmo tempo – uma das mais organizadas. É evidente então que organização, processos, preparação, papeis e regras são condições para a criatividade se expressar. Organização sem criatividade é chata sim, mas criatividade sem organização é inconcludente. Silvia Caironi

  • ALTIS, da Universidade Católica de Milão, fala de nós

    ALTIS, da Universidade Católica de Milão, fala de nós Altis – Alta Escola de Negócio da Universidade Católica de Milão – fez uma materia sobre o projeto de micro empreendedorismo nas periferias de São Paulo da Aventura de Construir e sobre o nosso método para a avaliação de impacto: original em italiano,  versão em inglês. Silvia Caironi

  • Empreendedorismo bandeirante em 2017

    Empreendedorismo bandeirante em 2017 Todo ano em Janeiro comemoramos o aniversário da nossa cidade de São Paulo. Cidade com a qual temos uma relação de amor e ódio. O custo de vida é alto, as distâncias são longas, tudo é difícil… mas é onde crescemos, para onde migramos, construímos nossas vidas e nossos laços de amor e de negócios. Mas o que é ser empreendedor nessa imensidão que é a 10º cidade mais rica do mundo e será a 6º em 2025? O que significa ter o próprio negócio em uma cidade global como esta que é a mais populosa do hemisfério sul nos dias atuais? Ponto de origem Para tratar desse tema, é preciso voltar às origens da nossa cidade e relembrar de um fato constituinte daquela pequena comunidade – São Paulo passou a ter destaque na vida colonial depois que as expedições bandeirantes ampliaram os limites da fronteira portuguesa em busca de mão-de-obra indígena, pedras e metais preciosos. Ou seja, é possível afirmar que a relevância regional da cidade foi surgindo na medida em que a atividade bandeirante de busca por insumos baratos se desenvolveu. Partindo daqui, vemos que a atividade empreendedora está no cerne da história da cidade, com comportamentos como lidar bem com os riscos, bravura e visão de onde quer chegar. Atividade empreendedora que se intensificou depois com os ciclos da cana de açúcar, do café e depois a industrialização, até chega no grande fornecimento de serviços que temos hoje. Mas e os dias atuais? O que eles guardam para os empreendedores dessa cidade? Nem tudo são flores, mas há boas novas Hoje a cidade sofre com a crise econômica. Dá para perceber quando vemos que a receita total da prefeitura do município cairá 5,9% de 2016 para 2017, já acumulando uma queda de 8% de 2015 para 2016. Os desempregados na Grande São Paulo já estão na casa dos 17%. Se o país sofre, São Paulo também sofre (ou seria o contrário?). 2017 oferece um grande desafio econômico a ser superado, mas também há boas novas. O prefeito eleito João Dória Jr., por exemplo, fez algumas promessas em campanha para incentivar o empreendedorismo na cidade. Uma delas é uma parceria com o governo do Estado para criar o Poupatempo Empreendedor, que irá permitir a abertura de uma empresa em apenas três dias e dois grandes eventos para empreendedores por ano; menos burocracia e mais oportunidades de networking e benchmarking para todos. Uma segunda promessa é o programa Empreenda Fácil, com a proposta de espalhar “berçários de startups” em cada uma das 32 subprefeituras de São Paulo. Os pontos serão facilitadores em locais estratégicos. Na forma de trucks, eles oferecerão inúmeros serviços para agilizar a vida dos empreendedores, os quais poderão resolver tudo online. Até o poder público está fazendo a sua parte para que a situação dos empreendedores melhore. A hora é agora Empreendedor, se você possui algum plano ou pensa em tomar alguma iniciativa inovadora, agora não é hora de receio. No dia-a-dia do trabalho da Aventura de Construir vemos que as pessoas que mais se movem, que são mais generativos, são aquelas que obtêm melhor resultado ao longo do tempo. É preciso lembrar que não existe o melhor momento para dar um novo rumo ao seu negócio, pois o melhor momento é feito de boas respostas às situações reais. Faça como os bandeirantes e busque caminhos novos 2017 adentro! Veja aqui como a Aventura de Construir pode te ajudar. Silvia Caironi

  • Mensagem de Natal da Aventura de Construir

    Caro leitor, Há anos que valem por três… Este 2016 foi assim para o Brasil, e também para nós da Aventura de Construir. Portanto, pensamos de retomar neste blog os momentos mais significativos junto com algumas imagens que publicamos em nossas mídias sociais e nosso site durante o ano. FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL fizemos o nosso primeiro gesto público na Semana de Investimento Social do GIFE auditamos o balanço patrimonial de 2015 e publicamos nosso relatório de atividades continuamos aumentando os empreendedores atendidos (1200 só neste ano, 25% deles novos) e estreitando ainda mais os laços: algumas dezenas se associaram formalmente a Aventura de Construir, para construi-la juntos. Para sustentar este esforço começamos a aceitar voluntários para trabalhar conosco. ENCONTROS MARCANTES encontramos grandes pessoas: Aron Zylberman, diretor executivo do Instituto Cyrela, uma das principais fundações sociais brasileiras, Cássia D’Aquino, uma das maiores especialistas brasileiras em Educação Financeira, Carlos Ferreirinha, Presidente da MCF Consultoria, “guru” do luxo… Foi interessante – para nós e para elas – ver quantas descobertas surgem quando mundos tão diferentes começam a dialogar. Precisamos de verdade de pontes! temos que dar um adeus: Claudio Pastro, grande artista e grande amigo, que faleceu há poucos meses. O silêncio maravilhado dos empreendedores nas suas palestras continua inesquecível. MAIS EXPOSIÇÃO Foi um ano de grande abertura e trabalhamos muito para fazer conhecer as exigências dos empreendedores que atendemos: além do Facebook, abrimos a conta no Instagram e até rádios e televisões começaram a tocar no assunto. Há 12 meses lançamos o nosso site, que agora recebe rotineiramente 5000 visitas semanais. APOIE MICROEMPREENDEDORES A última adição é a página na qual se pode apoiar financeiramente a Aventura de Construir, doando capacitações ou assessorias: que tal nesse Natal experimentar doar uma dose de coragem, uma fatia de persistência, um baú de protagonismo? ALGUMAS LIÇÕES APRENDIDAS DE 2016 Convidar palestrantes de alto nível cria pontes e promove o diálogo de duas vias entre o “mundo deles” e o “mundo dos micro-empreendedores” e isso permite enxergar diversas e novas possibilidades de crescimento de negócios e humano – como se tirasse uma venda que cobria aos olhos de todos. Portanto, esse é definitivamente um caminho a ser seguido. Por outro lado, consolidamos uma maneira mais horizontal de realizar as palestras que resgata o conhecimento dos beneficiários, permite maior troca de experiências e informações entre eles e avalia o nível de aprendizado dos novos conteúdos propostos. Na área de Assessorias e Mentorias, a maior lição deste ano foi a necessidade de ensinar criatividade e resiliência nos negócios para conseguir encarar e superar a recessão e a alta competitividade, além de oferecer uma visão estratégica das mudanças do nosso tempo para preparar o microempreendedor para elas. Nas atividades do Sistema de Avaliação de Impacto, nos demos conta que só um trabalho que atinge a uma demanda real pode ao longo dos anos mostrar resultados tão valiosos, inclusive quantitativamente. A lição é escolher o que medir e medir com pragmatismo. Na área de Comunicação, podemos destacar a necessidade de uma comunicação progressivamente mais alinhada com a estratégia da instituição e mais integrada entre as suas diversas ferramentas, sempre visando passar a unicidade, a originalidade e o propósito de existir da Aventura de Construir para seus diversos públicos. Na área de Sustentabilidade e Relações Institucionais, o maior aprendizado foi não desistir de semear, através do fortalecimento institucional, da elaboração e apresentação de projetos e da criação de novos e duradouros relacionamentos. Estamos ainda mais convencidos depois deste ano 2016 que o diferencial que a Aventura de Construir oferece para a realidade do micro empreendedorismo na baixa renda existe através do relacionamento one-to-one e do acompanhamento a 360°, os quais foram apreciados por vários profissionais que chegavam do Brasil, mas também de outros países, e que no tempo será valorizado por ser a única forma de gerar uma mudança mensurável e de longo prazo no protagonismo das pessoas. Sabemos que, assim como para nós da ADC, para muitos no Brasil foi um ano de semear muito … que o 2017 seja um ano de alegria e de colheita! Feliz Natal! Silvia Caironi

  • Doação com coragem, consciência e protagonismo

    Quando falamos sobre o tema de doações, o Brasil tem passado por algumas tímidas transformações. De acordo com o World Giving Index, estudo mais abrangente sobre este tema realizado pelo Instituto Gallup e pela CAF, quase 2,5 milhões a mais de brasileiros realizaram um “ato de bondade” em 2014 em comparação com o ano anterior. Apesar disso, o país caiu 15 posições no ranking global (amarga a 105ª posição) e não há sinais de melhora em vista da recessão econômica. PLATAFORMA DE APOIO EXTERNO É nesse contexto em que a Aventura de Construir lança sua plataforma de apoio externo para pessoas e empresas, com diversas possibilidades de atuação! Agora é possível através do nosso website fazer doações para diretamente patrocinar ações gratuitas aos microempreendedores, como capacitações coletivas e assessorias individuais no negócio dele ou dela, usando o PagSeguro, o PayPal ou a nossa conta bancária. Outro âmbito da plataforma é a possibilidade de ser um voluntário. A expertise e energia sua ou da sua empresa e funcionários podem ser aproveitados em atividades como assessorias temáticas, capacitações específicas ou no trabalho interno da Aventura de Construir. Além dessas ações, a Aventura de Construir é agora parceria do aplicativo O Polen. A ferramenta repassa para a nossa instituição uma porcentagem do valor de uma compra online realizada em qualquer uma das mais de 100 lojas online parceiras, sem custo nenhum para o consumidor. Uma ótima opção para as compras de Natal! Mas por que concretizar todas essas atividades em um período de incerteza, quando há sinais confusos sobre o aproveitamento que o público fará dessas oportunidades? POSIÇÃO DIANTE DOS DESAFIOS A Aventura de Construir existe para incidir positivamente na sustentabilidade de pequenos negócios através do fomento ao protagonismo pessoal dos microempreendedores – isso é muito mais do que “gerenciar” as deficiências sociais do nosso público alvo, é de fato incentivar a proatividade diante dos desafios e o seu acompanhamento neste caminho. Nesse sentido, há também oportunidades que podemos aproveitar no contexto atual de doações se tomarmos as iniciativas corretas. COOPERAÇÃO E APRENDIZADO O segundo fator que nos moveu foi a humildade de lembrar que nem todas as respostas estão em nossas mãos, portanto a cooperação entre nossa equipe e nossos stakeholders é também uma oportunidade de aprendizado e de expansão. A sua participação nos tira da nossa “caixinha” e deixam uma marca em nossa instituição, que faz crescer e enxergar novas perspectivas. Um bom exemplo é a Campanha de Natal que estamos fazendo nas redes sociais (aqui no Facebook e aqui no Instagram). Criada a partir do trabalho conjunto de funcionários, voluntários e microempreendedores, faz conhecer mais sobre estes mundos e os interliga em um diálogo incomum. Lembre-se que que o final do ano é um tempo de revisitar aquilo que está dentro de você, que te faz caminhar, e apoiando nosso projeto é uma maneira de fazer outros caminharem mais rápido e com mais estabilidade. Participe do movimento de inclusão que é a Aventura de Construir! Silvia Caironi

  • 8 dicas de comunicação para sua ONG

    Comunicar é estreitar laços “Comunicação” vem do latim cum=com e munir= amarrar, construir, ou seja, comunicar é estreitar laços. Fazemos isso usando palavras para expressar conceitos, e aqui deve começar o cuidado para quem quer comunicar de jeito eficaz. Os conceitos na nossa mente derivam da experiência sensível por abstração, o que implica uma enorme simplificação: detalhes concretos são deixados ambíguos, vagos ou indefinidos (podemos falar sobre negócios sem precisar definir cada vez se estão na periferia ou se são geridos por mulheres …). Nem passando as palavras precisamos detalhar: comunicamos confiando em uma intuição ou experiência comum entre nos e quem recebe. Essa experiência comum é o que chamamos de “contexto”. Quando falamos com um amigo podemos entender se ele está entendendo e – se não – dar mais informações de contexto, na comunicação indireta – como no caso desse post – devemos nos esforçar para que o leitor tenha o contexto adequado para entender a nossa mensagem. Todos comunicam, todos deveriam comunicar bem Mas porque esta introdução? Se no passado comunicação era assunto de jornalistas ou publicitários, agora virou fundamental para cada um. Até uma pequena instituição do terceiro setor como Aventura de Construir, com recursos humanos e materiais escassos, precisa ter uma área de comunicação, e as notas acima ajudam a entender que não é imediato como parece. A instituição deve ter claro que se trata de uma grande tarefa e que é preciso uma estratégia e objetivos definidos desde o começo. Algumas dicas para ONG que querem começar Para quem estiver iniciando, aqui vão algumas dicas: sempre se comunica si mesmo: é engraçado como qualquer trabalho de comunicação – um processo de construção, amarração e de compartilhamento com os outros – implica antes de tudo a volta às próprias origens. No final, sempre se comunica si mesmo, e nenhuma comunicação institucional pode vir sem redescobrir os fundamentos da entidade. “Sem a base, esqueçam as alturas”, li uma vez. Uma frase que podemos levar como lema sempre que queremos construir algo maior. Acredito que o trabalho de comunicação seja sempre uma ida e volta continua entre tradição e inovação. Temos que aprender com as novas tecnologias sem perder as raízes. De fato, fazer uma síntese das duas. Conheça o seu alvo: para que as mensagens “funcionem” é preciso acertar o tipo de público, de linguagem e de veículo. Primeiras perguntas a se fazer: Qual é o perfil do nosso público? Onde está? Que tipo de veículo acessa? De que tipo de conteúdo gosta? Lembre-se que o contexto é a sua realidade e você precisa antes de tudo entendê-la. A partir das respostas, você vai decidir a arquitetura da sua comunicação. Não vai ter comunicação eficaz sem um estudo aprofundado, tanto do seu contexto, quanto das ferramentas mais adequadas para responder a ele. Isso pode levar meses e é um trabalho continuo. Por isso, não sossegue e mantenha vivo o desejo de conhecimento. Como diz o nosso amigo, além de profissional e consultor de destaque, Carlos Ferreirinha: “Se atente aos sinais da realidade”. Conheça o seu inimigo: parafraseando Sun Tzu, general e estrategista chinês famoso pela sua “Arte da guerra”, eu diria hoje “Conheça o seu inimigo”. No setor de comunicação, o Benchmarking (processo de avaliação da instituição em relação à concorrência, por meio do qual incorpora os melhores desempenhos de outras entidades e/ou aperfeiçoa os seus próprios métodos) é uma ótima estratégia para melhorar o desempenho da sua comunicação. Faça networking: “ninguém faz nada sozinho e é preciso dar-se a mão”, citando novamente o guru Ferreirinha. Por isso, invista na sua rede de contatos, apresente um trabalho bem feito, mostre sua sede de aprender, seja humilde, aproveite o máximo para aprender com eles, troque conhecimentos e favores e monte parcerias. Nas redes sociais fale, mas também escute: trate o seu público como se fossem os seus amigos, use ironia, mostre interesse e faça perguntas. Apesar de estar atrás de uma tela, todo mundo gosta de atenção e de um carinho especial e ninguém aguenta aquele amigo chato que só fica falando de si mesmo e se vangloriando. Aprenda que a empatia faz milagres. Melhor rápido que ótimo: acompanhe a velocidade das redes sociais, aliás, seja mais rápido do que os outros em postar, registrar os momentos mais legais da sua instituição ou usar a última hashtag. Não perca o gosto da reflexão: seja sozinho ou em equipe, estabelecendo reuniões trimestrais e discussões de textos. Um último conselho: preserve a mágica dos encontros com pessoas “reais”. Todos temos sede de vida e experiências concretas. Isso torna qualquer comunicação mais próxima para quem lê. Silvia Caironi

  • Inovação para microempreendedores – o que você precisa mesmo saber

    Para o famoso Peter Drucker, a inovação é a tarefa de dotar os recursos humanos e materiais de nova e maior capacidade de produzir riqueza. Inovação, principalmente, é a capacidade de uma empresa criar um consumidor. Toda a empresa, certo ou tarde, em algum nível, precisará inovar. Umas conseguem inovar tecnologicamente, com grandes orçamentos e grandes profissionais que conseguem entender bem uma necessidade do mercado ainda não atingida. Quando falamos de empreendedores de subsistência há uma dificuldade latente em criar coisas novas porque estão sempre focados nas atividades de ganho imediato, não naquelas que poderiam ser disruptivas. Isso demonstra a grande pressão que a nossa realidade nos impõe de sempre responder a ela, e normalmente usamos a primeira coisa que temos em mãos ou que estamos acostumados a fazer. A inovação não precisa de grandes investimentos ma da percepção de necessidades reais Há, no entanto, sempre espaço para o diferente e para o excedente. Basta atender a necessidades reais. O garoto skatista que produz manualmente shapes de skate para vender aos conhecidos passou a usar vibra de vidro junto com a madeira, para que o produto seja mais leve, flexível e durável. O serralheiro que adapta suas ferramentas de acordo com as necessidades do pedido e as necessidades do que precisa construir… Os exemplos continuam, dos mais simples aos mais complexos. É importante lembrar que “disruptivo” pode ter diversos significados – será que produzir duas vezes mais por dia não é disruptivo em certos contextos? Ou oferecer um produto feito manualmente e de melhor qualidade? A inovação pode ter impacto consideráveis para um microempreendedor quando conversa com seu contexto e dos seus clientes, oferecendo uma resposta refletida e original. Por isso, o tema da capacitação de novembro da Aventura de Construir será “Como inovar no seu negócio”. O objetivo é colocar os microempreendedores a pensar a respeito dos principais problemas que enfrentam como empresários, quais as reais necessidades dos seus clientes e como encontrar maneiras diferentes de “ligar os pontos”, criando um espaço para estimular respostas eficientes a problemas reais mesmo nos negócios mais simples, como a venda de comida ou roupas. Por outro lado, vamos questionar a ideia de que inovação é sempre baseada em vastos recursos ou grande escala. Inovamos conversando com o World Café Para isso, usaremos a metodologia chamada World Café: é uma conversa estruturada por algumas questões pré-definidas que procura trabalhar coletivamente a diversidade e complexidade do conhecimento em um grupo de pessoas, fazendo emergir a inteligência coletiva. É com este processo também inovador que vamos levantar os principais elementos da inovação aplicada a microempreendedores! Será um mês de muito aprendizado que terá a presença de Tania Pereira Christopoulos, professora da Universidade de São Paulo na área de Administração com ênfase em gestão da informação, a qual será nossa convidada especial sobre o tema. É importante superar as barreiras da inovação que parece fruto da genialidade de visionários com mentes especiais e de grandes investimentos, pois ela é também fruto dos empreendedores comuns que vivem o cotidiano com criatividade e com responsabilidade. Inovar é uma necessidade do empreendedor a fim de criar boas respostas à sua realidade. Vamos juntos nessa aventura! Silvia Caironi

  • Protagonismo e dependência – qual projeto devo apoiar?

    A Associação Aventura de Construir possui o lema “Acompanhando protagonistas”, que está também ao lado da nossa logomarca como um pay-off. O lema serve para expressar em pouquíssimas palavras o propósito de existir de uma instituição. No nosso caso, tenta dizer mais: diz o que queremos construir (protagonistas) e como queremos construí-lo (com acompanhamento). Vale ressaltar que nosso contexto é sempre o trabalho com microempreendedores. POR QUE PROTAGONISTAS Diante de mudança de época que vivenciamos desde o século passado, vemos que se torna cada vez mais evidente o medo e a fragilidade de um indivíduo de encarar a realidade. Isto se expressa no funcionário que foge ao trabalho, no patrão que foge das responsabilidades, na família que falta com as bases para uma criança sadia. Todos os dias nós tergiversamos dos nossos problemas reais em busca de algo que tome o lugar daquela que deveria ser nossa principal inquietação, com a qual escolhemos não lidar. Esse é o problema do nosso tempo: os problemas são complexos; diante deles, nos fazemos pequenos e escolhemos fazer outra coisa que nos engana e nos conforta. O que é mais fragilizado é a pessoa na sua iniciativa perante a realidade. Nesse sentido, a Associação Aventura de Construir aposta no protagonismo do indivíduo em desafiar a realidade e seus limites, instigando novas ações e novos encontros que movam nosso público alvo a se tornarem artífices do seu próprio desenvolvimento – incluindo seu próprio negócio, caminho que eles mesmos escolhem. COMO ACOMPANHAR PROTAGONISTAS O acompanhamento de nossos beneficiários ao longo do tempo ajuda a erguer esses protagonistas, pois são indivíduos marcados por uma vida dura ligada à pobreza, famílias desestruturadas e descaso do próximo. Somando-se lacunas educacionais severas, como analfabetos funcionais, mostrar o caminho a percorrer nem sempre é suficiente – é preciso trilhar este caminho com ele. Por isso, as mentorias e assessorias são o acompanhamento sistemático do indivíduo na concretização dos seus planos. Usando seus pontos de força, oportunidades do seu contexto, e aspirações pessoais, é possível traduzir suas conquistas futuras em um plano de atividades útil e prático. É sobre este plano que trabalhamos com os empreendedores, oferecendo também conhecimento técnico e microcrédito quando a situação exige. Não é fazer no lugar do empreendedor, mas fazer com ele. Só o protagonismo próprio pode de fato quebrar as amarras daquele empreendedor, visando sua iniciativa. A proposta da Aventura de Construir é unir investimento social e programa de voluntariado corporativo em um encontro mentor-microempreendedor que celebra a liberdade de ambos percorrerem caminhos diferentes, porém que compõe uma situação win-win-win (voluntário-empreendedor-empresa). IMPACTO DE LONGO PRAZO Nosso projeto, portanto, consiste em agir nos problemas de fragilidade e de mercado que esses empreendedores possuem de forma que o impacto positivo que geramos seja durável. É possível, claro, oferecer comida ou um centro de reabilitação ou uma quadra de esportes ao nosso público alvo, pois são necessidades reais. No entanto, escolhemos lidar com a vulnerabilidade social sob estes dois aspectos (empoderamento e geração de renda própria) porque esta abordagem permite evitar muitos dos problemas sociais tradicionais, como a falta do que comer, o abuso de substâncias tóxicas e permite a solução de problemas locais, como falta de local para lazer e esportes. O pai de família que arduamente toca seu negócio mostra aos filhos mais do que o valor do trabalho, mas que a vida vale a pena ser vivida com protagonismo diante das sazonalidades positivas e das negativas. Como se não fosse o suficiente, a Aventura de Construir desta forma incide sobre 5 dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável que nortearão o desenvolvimento econômico e social dos países até 2030, como Educação de Qualidade, Emprego Digno e Crescimento Econômico, Redução das Desigualdades, Cidades e Comunidades Sustentáveis e Combate às Alterações Climáticas. Esse é o diferencial entre apoiar um projeto que gera sustentabilidade e outro que gera dependência. Silvia Caironi

  • O preço: tão importante, tão fácil de errar

    Existem diversos “momentos da verdade” para realizar uma venda: quando se procuram informações sobre produtos, quando o usamos pela primeira vez, quando falamos com os amigos das nossas experiências. Difícil, porém, imaginar um momento mais crucial do que quando decidimos abrir mão de um dinheiro para obter aquele tênis ou computador: e, entre o nosso desejo e o objeto, lá está o preço. Todos os esforços de pesquisa e desenvolvimento, de produção, de comunicação, de design da loja, de suporte aos clientes seriam inúteis se naquele momento o cliente perceber o preço como superior ao valor do bem, ou seriam desperdiçados (pelo menos parcialmente) se ele teria comprado a um preço maior. O preço é a coisa mais difícil E acertar o preço não é fácil. Primeiramente, isso depende dos volumes de venda, que dependem do preço… Além da matemática, depende da psicologia e até influencia as nossas percepções: quanto mais pagamos, quanto mais gostamos. O preço pode ser a arma estratégica que faz ganhar um mercado, como as motocicletas japoneses nos Estados Unidos nos anos 50, ou usados como isca para trazer os clientes na loja… mais simplesmente, se você conseguir cobrar um pequeno 10% a mais, o seu lucro pode quase dobrar. Basear o preço no custo é um erro A maioria dos microempreendedores que conhecemos usa uma estratégia bem básica: cobra o dobro do que ele paga ao fornecedor e, no máximo, dá um jeito se a concorrência cobra um pouco a menos. Entre a pouca consciência de todos os próprios custos e a tendência a usar só os descontos como arma de convencimento, os lucros normalmente são colocados em um nível de subsistência. Quando as coisas vão bem, sobrevivem; quando as coisas pioram, fecham, deixando normalmente dívidas. Além disso, já vimos empreendimentos quebrar porque entraram em guerra de preços com os concorrentes vizinhos. Mas os nossos empreendedores não cometem sozinhos esse erro. Peter Drucker, o pai da ciência do management, em 1993 colocava o “cost-based pricing” como um dos 5 pecados capitais das maiores empresas americanas (cadastro necessário). Na verdade, 3 dos 5 pecados se referiam a como o preço era determinado! Aprender da quem sabe vender bem ADC decidiu ajudar o seu público convidando um profissional que fez sucesso vendendo bens de luxo e Premium, onde o preço absurdamente alto é – contra intuitivamente – parte essencial do valor produto: Carlos Ferreirinha que já foi presidente da Luis Vuitton Brasil e agora está à frente da MCF Consultoria. Os maiores do ramo, quando falam sobre ele, usam a palavra “mágica”: estamos muito ansiosos de aprender um pouco da sua magia. Pensando no Drucker, pode ser interessante também para empreendedores que não são micro… Carlos Ferreirinha vai nos encontrar na Salão da Associação Trabalhadores sem Terra na rua Feliz Guilhem 227, no dia 25 de outubro (terça feira) as 19 horas. Silvia Caironi

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