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- Concorrência ou Colaboração? Que tal levar parcerias para seu pequeno negócio?
Olá, Rede! Se você acompanha o Blog da AdC, sabe que temos abordado as temáticas em torno dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Hoje, o foco do texto é o ODS 17 – Parcerias e Meios de Implementação , que incentiva a união de esforços para a construção de um mundo mais justo. Mas você sabia que essa ideia de colaboração também pode fazer a diferença no seu negócio? Em vez de tentar fazer tudo sozinho, você pode crescer de maneira mais rápida e eficiente ao formar as parcerias certas. Isso é o que chamamos de vantagem colaborativa, ou seja, unir forças com outros empreendedores ou parceiros para fortalecer o seu negócio, mesmo sendo pequeno. Vantagem colaborativa: uma possível estratégia de crescimento para o seu negócio A concorrência existe, sabemos, mas a parceria também! A colaboração pode ser uma estratégia alternativa à concorrência e a vantagem colaborativa um caminho para você crescer. O conceito de vantagem colaborativa prevê você articular parcerias que façam sentido e tragam propósito para o seu negócio extrapolando a simples cooperação, onde duas ou mais pessoas trabalham juntas. A Vantagem Colaborativa traz uma proposta de conexão empresarial com um objetivo comum entre as partes envolvidas e visa, principalmente, potencializar as forças, compartilhar conhecimentos e criar soluções que talvez não fossem possíveis de forma individual. As parcerias não se limitam ao universo das grandes empresas, elas são muito valiosas para os pequenos empreendedores. Ao se unir a outros microempreendedores você pode acessar novos mercados, ganhar mais visibilidade e, juntos, resolver desafios e prosperar de forma sustentável juntos! Como um exemplo bem sucedido temos a própria Aventura de Construir . Ao promover parcerias entre microempreendedores, mentores e instituições de financiamento, a AdC tem ajudado pequenos negócios a crescerem de forma sustentável. É por meio dessas conexões que muitos empreendimentos saíram da informalidade, ganharam novos mercados e assim fortaleceram suas comunidades. A ODS 17 nos ensina que o futuro é colaborativo . A sociedade tem caminhado para essa prática que tem um poder transformador. Que tal levarmos esse conceito aos pequenos negócios e começar agora essa ideia? Texto: Verônica dos Santos Silva Estudante de Relações Públicas na FECAP
- Aventura de Construir lança livro "Brilhos da Periferia", celebrando 13 anos de impacto social
A Aventura de Construir tem o prazer de anunciar o lançamento do livro "Brilhos da Periferia" , uma obra que celebra 13 anos de trajetória de apoio aos microempreendedores de baixa renda nas periferias do Brasil. A publicação sistematiza e compartilha histórias inspiradoras de pessoas que, movidas pela necessidade e determinação , transformaram suas vidas e suas comunidades por meio do empreendedorismo . O livro reúne relatos emocionantes de protagonistas que, com o suporte da Aventura de Construir, superaram obstáculos e se tornaram agentes de mudança em suas regiões. "Brilhos da Periferia" revela como, em um cenário de crescentes desigualdades sociais , é possível gerar impacto positivo e sistêmico por meio de ações coletivas e individuais. Escrito por Marli Pirozelli, professora e especialista em Ciências Humanas, e por Adriana Barros, microempreendedora e fundadora da ABarros Editora, a obra reflete o compromisso da Aventura de Construir em capacitar e fomentar o desenvolvimento de lideranças comunitárias, proporcionando ferramentas e suporte essenciais para que cada empreendedor possa realizar seu potencial. O caminho do desenvolvimento nasce a partir de um encontro que transforma a vida da pessoa ao ponto que se torna uma nova protagonista no seu próprio contexto, impactando positivamente a sua família e comunidade. As formas nas quais isso acontece são múltiplas e diversas, mas sempre precisa da proposta de uma companhia concreta. Essas histórias documentam como aconteceu e continua acontecendo, gerando um processo virtuoso em todo o Brasil. Conheça alguns dos personagens: Leidson Nunes é o fundador da Roteiros do Velho Chico , primeira agência de turismo receptivo em Itacarambi-MG. A empresa atua na região norte de Minas Gerais, oferecendo roteiros ecoturísticos ao longo do rio São Francisco, alguns deles junto às comunidades locais. Promovendo o turismo de forma sustentável, a agência revela a beleza exuberante da natureza e a riqueza sociocultural da região. A paixão pela natureza e o interesse pelas pessoas que vivem seu dia a dia às margens do rio São Francisco, na região norte de Minas Gerais sempre estiveram presentes na vida de Leidson. A curiosidade levou-o a matricular-se num curso de espeleologia e a descobrir um mundo fascinante. Estudando, mapeando e explorando as cavernas do Parque Nacional Cavernas de Peruaçu, ele se tornou uma referência para pesquisadores e poucos turistas que visitavam a região. Trabalhando como guia, Leidson conheceu a diversidade dos atrativos naturais (cavernas, cânions, matas ciliares) e a rica cultura das comunidades locais. Van (Vanderly) Loureiro é a fundadora da À La Van que cria roupas e acessórios sustentáveis promovendo, para além da moda, uma cultura de conscientização sobre o cuidado com o meio ambiente, do respeito às diferenças étnicas e a representatividade da pluralidade das formas corporais e de condições. Natural da Zona Leste de São Paulo, Van Loureiro é filha de músicos que atuaram em um grupo vocal na época da Jovem Guarda. Sua mãe passou a trabalhar como modista depois que Van nasceu e toda essa vivência rendeu memórias afetivas que culminaram na decisão de criar moda com características que impactam e ressaltam possibilidades antes não pensadas. Vivenciando uma maternidade atípica, tendo um filho com Síndrome de Down, Van percebeu que muito além da estética, à moda deveria ser agregado função, um propósito maior. Isso levou à moda sustentável de ressignificação que cria a partir de utensílios, objetos e/ou vestuário previamente utilizados, transformando-os em peças novas. Manuel Efrain Carrion Molina imigrante peruano residente em São Paulo, é fundador da 1001 utilidades , empresa que oferece diversos serviços como pintura, instalação e manutenção da rede elétrica e assistência técnica de eletrodomésticos para residências, restaurantes e lanchonetes. Natural da cidade de Huancayo, região andina do Peru, Manuel, o sexto de oito filhos, é conhecido como o aventureiro da família. Viajou para países da Europa e da América do Sul, conhecendo lugares, fazendo amigos e compartilhando suas experiências de vida. Formado em Zootecnia, Manuel trabalhou na fazenda da universidade e fez estágio em uma fazenda no interior de São Paulo em 2011. Em 2019, ele estava no Brasil com a intenção de encontrar sua esposa e filha, passear e conhecer novos lugares, mas a pandemia acabou mudando seus planos. Violeta Martínez Zepeda é uma empreendedora de alimentos orgânicos que, ao lado do marido, está à frente do Sítio Alto da Serra, cultivando e distribuindo seus produtos na região de São Sebastião (SP). Seguindo um modelo agroecológico, a empresa de agricultura familiar contribui para restaurar a paisagem natural e oferece um serviço de entrega de alimentos diretamente em casa, por um preço acessível. Natural da cidade de San Cristóbal de las Casas, no México, Violeta é agrônoma e vive há 11 anos no Brasil, sempre morando no campo, onde trabalhou como consultora e produtora rural. Atualmente, o Sítio Alto da Serra cultiva mais de 30 espécies de plantas e produz verduras e legumes da estação, temperos, frutas cítricas e frutas nativas da Mata Atlântica, como cambuci, grumixama e uvaia. Além disso, oferece produtos processados como banana passa e geleias, tudo a um preço justo, tanto para quem compra quanto para quem vende. Os produtos são entregues semanalmente nas casas dos clientes, que fazem seus pedidos com base nas informações disponibilizadas no site aos domingos. Este modelo é valorizado pela clientela, que sabe que os produtores cuidam de todo o processo desde o plantio e colheita, até o processamento e entrega, atendendo às suas necessidades de forma personalizada. Evento de Lançamento: O lançamento aconteceu no dia 24 de outubro, às 18h, na Livraria da Vila, R. Fradique Coutinho, 915, em São Paulo, com sessão de autógrafos e bate-papo com os protagonistas desta obra. Assista a live do evento na íntegra. Onde comprar O livro está disponível nas principais livrarias do país, no formato impresso e digital. Adquira no site da editora Inverso ou na Amazon .
- A Conexão entre natureza e alianças: A importância da ODS17 para um Futuro Sustentável
Por: Sofia Missiato Barbuio Luiz Alberto Camargo: um Pioneiro na conexão entre pessoas e natureza Luiz Alberto Camargo, fundador da OpEPA (Organização para a Educação e Proteção Ambiental) , sempre foi apaixonado pela natureza. Em uma entrevista para a AdC, ele compartilhou como suas experiências na infância, explorando florestas, rios e montanhas da Colômbia, moldaram sua visão ambiental. "Eu cresci em contato com a natureza e assumi que todos tinham a mesma afinidade. Porém, ao me envolver com discussões da Conferência do Rio de 1992, percebi que não era assim. A desconexão com a natureza é uma das raízes da crise ambiental." . Em 1998, Luiz fundou a OpEPA com a missão de reconectar crianças e jovens com o meio ambiente . A organização tem atuado como uma ponte entre escolas, comunidades rurais e áreas naturais, promovendo uma educação imersiva que quebra a chamada “Síndrome do Déficit de Natureza”. Luiz ainda reitera: ‘’ Desde pequeno, eu me sentia atraído pelas montanhas, rios e florestas. Acredito que um dos maiores problemas ambientais que enfrentamos hoje é a desconexão entre as pessoas e a natureza. Foi por isso que fundei a OpEPA, para criar oportunidades em que crianças e jovens possam se reconectar com o ambiente natural e desenvolver uma relação profunda com ele’’ ODS 17: Parcerias como pilar de sustentabilidade A OpEPA adota uma abordagem baseada no ODS 17 – Parcerias e Meios de Implementação , promovendo alianças entre escolas, governos e organizações privadas. Para Luiz, o trabalho colaborativo não é apenas necessário, mas essencial para resolver os desafios globais. "Não solucionamos problemas complexos sozinhos. A colaboração radical, que une forças e propósitos comuns, é a única forma de criar condições para que a vida prospere." . Essa filosofia também reflete na importância das parcerias transnacionais . Assim como a Aventura de Construir (AdC) no Brasil trabalha para fortalecer comunidades de baixa renda, a OpEPA tem impactado positivamente a vida de jovens em 14 cidades colombianas, criando uma rede de escolas orientadas pela natureza. A perspectiva de Luiz reflete a necessidade de um trabalho colaborativo, um conceito que ele chama de “colaboração radical”. Ele destaca que as transformações ambientais e sociais mais impactantes surgem quando se alinham propósitos comuns entre diferentes setores. Aventura de Construir e OpEPA: Membros do Catalyst 2030 A sinergia entre iniciativas como a OpEPA e a AdC demonstra que a transformação sustentável requer a união de esforços locais e globais, fomentando soluções que beneficiem não apenas comunidades, mas também o meio ambiente. Essa abordagem integrada reforça a relevância do ODS 17: as parcerias são essenciais para criar soluções eficazes e duradouras. Segundo Luiz, “a colaboração deve ir além das transações e se basear em um propósito comum. Só assim conseguimos superar desafios estruturais e encontrar recursos e inovação para um impacto profundo.” Colaboração Radical: Inspirada pelo Bosque Luiz acredita que a natureza ensina lições valiosas sobre colaboração e diversidade: "O bosque nos mostra que a diversidade é essencial, não para criar conflitos, mas para gerar potencial e inovação." Nos projetos da OpEPA, as escolas trabalham juntas para transformar seus espaços em ambientes de aprendizagem mais verdes, o que resulta em melhoria do bem-estar comunitário e recuperação ambiental . Esse enfoque também fortalece a inclusão e a capacidade de resiliência, promovendo soluções mais criativas e equilibradas. Educação Ambiental e Regeneração Comunitária Com mais de 180 escolas em Bogotá e Barranquilla, a OpEPA vem liderando uma transformação educacional . As atividades realizadas nas escolas e nas comunidades vizinhas incluem reflorestamento, conservação da fauna local e criação de hortas escolares. Luiz destaca a importância de equilibrar três níveis fundamentais: o bem-estar individual, comunitário e ambiental. " Com uma mensagem clara sobre a necessidade de restaurar o equilíbrio entre pessoas e natureza, Luiz conclui: “Não se trata apenas de um programa ou projeto. Trata-se de encontrar um propósito que traga bem-estar para o indivíduo, para a comunidade e para a natureza. Quando criamos esse alinhamento, tudo começa a prosperar.” A Força das Alianças para Prosperidade Global A jornada de Luiz Alberto e da OpEPA destaca a relevância do trabalho colaborativo para enfrentar desafios ambientais. Assim como a AdC no Brasil, a fundação colombiana mostra que alianças profundas e alinhadas por um propósito comum são a chave para alcançar um impacto transformador. A abordagem de colaboração radical , inspirada na natureza, é um modelo essencial para quem busca alinhar esforços em prol do meio ambiente, da sociedade e da economia. "O propósito é o que alinha corações e mentes. Só assim conseguiremos transformar o mundo e criar condições para que a vida prospere."
- Criatividade e sustentabilidade na era digital
Kamila Camilo e a Aventura de Construir conversam sobre a transformação dos criadores de conteúdo em agentes de mudança Por Sofia Missiato Barbuio A ONG Aventura de Construir, conhecida por seu trabalho em empoderar microempreendedores e fomentar a transformação social, realizou uma conversa com Kamila Camilo, CEO da Creators Academy, sobre as conexões entre comunicação e a natureza humana, além de criatividade e sustentabilidade na era digital. Kamila compartilhou, dentre outros assuntos, como os criadores de conteúdo podem se tornar agentes de mudança , especialmente no cenário climático, e refletiu sobre as experiências proporcionadas por sua academia. Seguindo com os conteúdos relacionados ao ODS 11 – Cidades Sustentáveis , Kamila é uma ativista ambiental comprometida, fundou a Creators Academy com o objetivo de conectar influenciadores digitais aos biomas brasileiros. Através de vivências imersivas na natureza, os criadores são convidados a refletir sobre seu impacto no mundo. "Nossa missão é ativar a natureza dentro de nós, pois somos parte dela. Essa desconexão é um dos maiores desafios do ser urbano", destacou Kamila. Durante o bate-papo, ela explicou os três atos fundamentais da jornada promovida pela Creators Academy: o sentir , o refletir e o agir . “No primeiro ato, queremos que as pessoas sintam na pele o impacto do território , seja o sol ou a água gelada de um rio. Essa experiência física se transforma em memória afetiva, que cria um vínculo profundo com o ambiente”, explicou. A partir daí, vem a reflexão sobre a importância de cuidar da natureza e, por fim, o engajamento para a ação consciente. "Uma vez que você se conecta, você se importa, e quando você se importa, está pronto para agir." A maioria das pessoas ignoram como a vida acontece. Não é o nosso cotidiano, somos autocentrados. E quando você está em contato com a natureza de certa forma, você está em contato com a sua própria essência. Esse é um pouco do convite que a gente quer fazer para as pessoas com ambientes da academia. Todos têm condições de sentir essas diferenças. Kamila também compartilhou histórias de participantes da Creators Academy que, após vivenciar essas experiências, mudaram completamente suas carreiras e estilos de vida. Um exemplo notável é o de um jornalista de música periférica que, após sua imersão, criou uma consultoria de ESG e passou a trabalhar com comunidades amazônicas. O convite da Creators Academy é para questionar como a gente pode viver a nossa vida, como a gente pode consumir. E eles estão falando de um grupo de pessoas que vivem da venda do consumo, que vivem de compartilhar o estilo de vida. Ao longo da conversa, Kamila destacou a importância do papel dos criadores de conteúdo como agentes transformadores em tempos de crise climática. Ela acredita que os influenciadores têm o poder de disseminar informações de qualidade e inspirar mudanças em massa, citando exemplos de campanhas humanitárias realizadas por influenciadores para o Rio Grande do Sul, recentemente afetado por desastres naturais. "Vivemos em uma economia de opinião, onde as pessoas são influenciadas pelas escolhas de quem acompanham nas redes. Isso pode ser uma poderosa ferramenta para a educação e sensibilização climática." Para Kamila, a jornada de transformação passa pela reconexão com a natureza e pelo papel dos influenciadores em propagar essa consciência. “Eles podem ser protagonistas de uma mudança que vai além do conteúdo de entretenimento, inspirando novos estilos de vida sustentáveis e refletindo sobre como podemos consumir de forma responsável”, concluiu. A Aventura de Construir segue impulsionando diálogos como esse, que conectam a transformação social ao meio ambiente, promovendo um futuro mais sustentável e justo para todos.
- O que é o ODS 17: Colaboração global como caminho para o desenvolvimento sustentável
Você conhece os 17 ODS da ONU? Em 2015, a ONU lançou a Agenda 2030 , que reúne os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Esses objetivos têm o intuito de promover um futuro mais equilibrado e inclusivo para o planeta. Entre eles, o ODS 17 destaca a importância das parcerias globais para a implementação e sucesso de todos os outros objetivos . Afinal, sem a união de esforços entre governos, empresas, sociedade civil e comunidades locais , o alcance dessas metas se torna impossível. Vamos entender o papel central do ODS 17 para a construção de um mundo mais sustentável. O que é o ODS 17? O ODS 17 tem como objetivo fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria global para o desenvolvimento sustentável. Ele enfatiza a importância da colaboração entre diferentes atores sociais e políticos, reconhecendo que o desenvolvimento sustentável só pode ser atingido por meio de esforços coletivos. Isso inclui parcerias entre países desenvolvidos e em desenvolvimento, instituições financeiras, setor privado, organizações não-governamentais e comunidades locais. A base do ODS 17 é a cooperação internacional, que precisa ser sólida e duradoura. Por que as parcerias são essenciais? As questões globais, como a desigualdade social, pobreza, mudanças climáticas e crise ambiental , são complexas e interconectadas. Nenhuma entidade ou país pode resolver esses problemas sozinho. O ODS 17 aponta que as parcerias permitem compartilhar conhecimento, tecnologia, recursos financeiros e boas práticas, o que amplia as chances de encontrar soluções inovadoras e eficazes. Além disso, a troca entre diferentes países e setores fortalece a resiliência das nações e comunidades, permitindo que elas estejam mais preparadas para enfrentar desafios futuros. Financiamento e Cooperação Técnica Uma das metas principais do ODS 17 é mobilizar recursos financeiros de forma justa e eficiente. Isso envolve aumentar o apoio financeiro para países em desenvolvimento, especialmente os mais vulneráveis, como pequenas nações insulares e países africanos. No entanto, as parcerias vão além do financiamento . É necessário também fortalecer a cooperação técnica e a transferência de tecnologias que permitam a adaptação às mudanças climáticas, o desenvolvimento sustentável das economias locais e a promoção de sistemas mais inclusivos de saúde, educação e infraestrutura. Capacitação e Fortalecimento Institucional Outro aspecto fundamental do ODS 17 é a construção de capacidades locais. Muitas vezes, países e comunidades enfrentam dificuldades em implementar os ODS por falta de infraestrutura ou de uma gestão eficiente de recursos. Nesse sentido, o ODS 17 promove a capacitação de instituições governamentais, organizações locais e líderes comunitários para que possam coordenar e gerenciar projetos de desenvolvimento sustentável. Isso garante que as soluções sejam desenhadas a partir das necessidades locais e com maior autonomia. Monitoramento e Avaliação do Progresso O ODS 17 também destaca a importância de monitorar e avaliar o progresso na implementação dos outros objetivos. Para garantir que as metas sejam atingidas, é essencial que exista uma governança transparente e um sistema de prestação de contas. Isso inclui o uso de dados confiáveis, acessíveis e atualizados, bem como a criação de indicadores globais que ajudem a medir os avanços. Esse processo permite identificar áreas que precisam de mais atenção e otimizar os esforços globais para o desenvolvimento sustentável. A importância do setor privado As empresas desempenham um papel fundamental na concretização dos ODS. Além de promoverem práticas mais sustentáveis internamente, elas podem participar de parcerias público-privadas que estimulem a inovação e a criação de soluções para problemas sociais e ambientais. O setor privado tem a capacidade de mobilizar grandes quantidades de recursos financeiros e tecnológicos, além de exercer influência direta nas cadeias de produção e consumo. A cooperação entre governos e empresas é vital para atingir o desenvolvimento sustentável em escala global. O papel das ONGs e do Terceiro Setor nas ODS A ONG Aventura de Construir (AdC) tem sido um exemplo prático de como as parcerias locais podem contribuir para o desenvolvimento sustentável . Atuando há 13 anos em comunidades de periferia, a AdC apoia microempreendedores de baixa renda, capacitando-os e oferecendo ferramentas para o desenvolvimento de seus negócios. Esse trabalho está diretamente alinhado com diversos ODS, como o ODS 1 (Erradicação da Pobreza), ODS 8 (Trabalho Decente e Crescimento Econômico) e, especialmente, o ODS 17. A AdC mobiliza parceiros do setor privado e organizações internacionais, criando uma rede de apoio que fortalece as economias locais. O impacto gerado por essa organização mostra o poder das parcerias na construção de comunidades mais resilientes e autossuficientes , alinhadas com os princípios da sustentabilidade e da inclusão social. Ao fortalecer os laços entre diferentes setores e promover o desenvolvimento de lideranças comunitárias, a AdC ajuda a transformar realidades, provando que o ODS 17 é uma peça chave para a construção de um mundo mais justo e equitativo. Essas parcerias colaborativas são essenciais para enfrentar os desafios globais e caminhar rumo a um futuro sustentável. Apoie o desenvolvimento sustentável Sua doação para a ONG Aventura de Construir ajuda o desenvolvimento sustentável e social do empreendedorismo brasileiro. Faça a diferença hoje! Saiba como apoiar .
- Sustentabilidade, comunicação e reputação
A cada mês aqui no blog da AdC, refletimos sobre como cada empreendimento pode se tornar um membro ativo na sociedade e agir em prol de causas que transformam, como ações de responsabilidade social e ambiental. Empreendedores têm buscado implementar práticas verdes, ações de responsabilidade social e se inserir nos conceitos de ESG, que prevê Governança Ambiental, Social e Corporativa como forma de impactar positivamente tanto seu negócio como a sociedade. Relacionar os negócios para estes princípios também atende uma demanda crescente da sociedade, consumidores e investidores acerca das questões ambiental. Mas, para que essas práticas sejam conhecidas, validadas e entendidas em meio a era digital em que estamos inseridos é importante comunicar e divulgar . Mas por que vale a pena comunicar? Segundo o Portal da Indústria, 1 a cada 3 brasileiros está disposto a pagar mais caro por um produto fabricado de maneira ambientalmente correta, além de que 38% também estão preocupados com os impactos da produção sobre o meio ambiente. Ou seja, comunicar de forma assertiva e transparente suas práticas verdes e de responsabilidade social pode ser sim uma estratégia para se destacar da concorrência. Além disso, tornar pública essas ações podem gerar identificação e fortalecer a conexão com os consumidores e todas as pessoas, grupos e entidades que têm interesse ou são afetados pelas suas atividades. O que você como empreendedor comunicar para seus públicos pode contribuir significativamente para suas negociações. Relacionar a imagem do seu negócio a consciência ambiental e social que ele possui tem o poder de trazer benéficos. Uma empresa que influencia positivamente a sociedade na qual está inserida merece que isso seja atribuído a sua reputação. Por isso, te convido a pensar em formas de comunicar o impacto positivo que seu negócio tem causado, pois, se posicionar apropriando-se destes atributos pode contribuir significativamente para suas negociações e, como consequência, aumentar suas vendas.
- Transformando cidades brasileiras em espaços para pessoas e caminhar
Diretora do Instituto Caminhabilidade discute o impacto da mobilidade urbana e a necessidade de cidades mais acolhedoras para a qualidade de vida Por Sofia Missiato Barbuio Letícia Sabino, fundadora e diretora do Instituto de Caminhabilidade , está há 12 anos à frente de uma missão: transformar as cidades brasileiras em ambientes onde caminhar é a melhor opção de deslocamento e convivência . Ao longo desse período, ela desenvolveu metodologias para incluir as pessoas no processo de reconfiguração urbana, levando o Instituto a um alcance nacional. Durante a entrevista concedida a AdC, Letícia enfatizou que a questão central de sua atuação é a mobilidade e o acesso aos espaços públicos. Para ela, a qualidade de vida nas grandes cidades está diretamente ligada à possibilidade de caminhar com segurança e conforto. No entanto, a segregação socioeconômica e a cultura centrada no uso de carros são barreiras a serem superadas. Segundo Letícia, o distanciamento das pessoas em relação aos centros urbanos e o foco na mobilidade motorizada criaram cidades excludentes, onde morar perto dos serviços essenciais oportunidades é um privilégio. “A maioria das pessoas gostaria de deixar os grandes centros urbanos se pudessem, indicando que esses ambientes não são acolhedores", afirmou. Ela também destacou o impacto da falta de tempo na participação popular em questões urbanas. “Muitas pessoas não conseguem se engajar nesses processos por conta da sobrecarga de trabalho e cuidado, o que limita a luta coletiva”, disse. A mudança cultural necessária para reverter a prioridade dos carros em relação às pessoas exige sensibilização e exemplos práticos. Para isso, o Instituto de Caminhabilidade realiza projetos como o Sentindo nos Pés , que convida líderes e autoridades a experimentar as cidades a pé, vivenciando os desafios e benefícios de um ambiente caminhável. “É uma maneira de aproximar o tema da realidade dessas pessoas”, explicou Letícia. Projetos de análise dos trajetos a pé, ruas e espaços públicos com perspectiva de gênero e raça é uma das estratégias do Instituto para criar soluções para as cidades centradas nas pessoas. Outro exemplo de sucesso é o Prêmio Cidade Caminhável, organizado pelo Instituto e que tem como objetivo reconhecer e premiar projetos e iniciativas realizadas por órgãos públicos em municípios brasileiros que tenham contribuído para melhoria da caminhabilidade. A visão de Letícia Sabino para o futuro das cidades brasileiras é clara: mais espaços para caminhar e conviver, promovendo equidade, segurança e sustentabilidade. AdC: Como nasceu o nome Instituto Caminhabilidade? E como a transição do SampaPé! para a nova identidade influenciou a missão da organização? O nosso primeiro nome era muito vinculado ao território de São Paulo. E a gente faz projetos focados nos territórios, mas em diferentes territórios, porque a gente entendeu que a temática que a gente está lidando é uma problemática de todas as cidades brasileiras, e que a gente começou a desenvolver muito mais metodologias de como trazer as pessoas para participar. E essas metodologias podem ser aplicadas em diversos territórios, então fazia muito sentido isso ter um alcance nacional, poder levar para outros territórios, para outros espaços, pensar cidades que sejam melhores para as pessoas caminharem e estarem nos espaços públicos. E o desenvolvimento da organização vem muito de alguns questionamentos, de por que as pessoas não gostam de morar em grandes centros urbanos. E muitas dessas razões, apesar de ninguém falar diretamente, é porque eu não consigo caminhar com qualidade ou acessar as coisas com qualidade. A gente entendia que todas essas problemáticas estão relacionadas com mobilidade e com espaços públicos, porque muitas pessoas moram longe dos serviços essenciais, se sentem muito inseguras, acham que a cidade é muito poluída, muito barulhenta, enfim, muitas problemáticas com os veículos motorizados. AdC: A promoção da cultura do caminhar é uma das frentes de atuação do Instituto. Quais desafios e vocês enfrentam para conscientizar pessoas marginalizadas na importância da caminhabilidade? Ainda é muito difícil as pessoas entenderem isso como um problema, porque está normalizado ser muito ruim a cidade, ser muito ruim caminhar. Então, às vezes, as próprias pessoas que são vítimas, acham que realmente tem que ter mais espaço para os carros, tem que ter mais espaço para os outros, porque foi uma construção social, assim, uma submissão. Teve uma questão de classe, acho que o carro e as pessoas vendendo ele é a melhor representação disso, é como se a gente tivesse que submeter essa prioridade dos carros, que representam o poder e representam a riqueza e várias outras coisas, e nos secundarizassem. Então, tem um processo cultural, histórico, que é muito difícil de enfrentar, que é como você reverter essa lógica e mostrar que não, que está errada e que as pessoas são mais importantes do que os veículos passarem na rua e que o que está acontecendo é um modelo de segregação, de diminuição mesmo, do caminhar na cidade. Então, acho que essa concentração passa por esse lugar cultural muito difícil. Mas, além disso, eu acho que tem outras duas questões. Uma das questões é tempo mesmo de parar para pensar nisso, de participar, de desenvolver, porque isso é muito controverso, porque as pessoas justamente não têm tempo, porque a gente tem essas cidades que afastaram as pessoas dos trabalhos e que tem jornadas e distâncias muito longas de serem percorridas, sobrecarga de cuidado com a casa, com os filhos, com o entorno, e aí toda essa sobrecarga também te limita de ter esses espaços, de luta coletiva, em muitos momentos, de poder se organizar, parar para refletir, para participar desses processos. Vai ficar difícil de entender como encaixa isso em uma rotina que é tão corrida, e que por ser muito corrida, também, às vezes, não tentava só, quando dá, dedicar os tempos para produzir recursos também financeiros, porque, exatamente, você precisa sim, porque se você não tem a mínima garantia, você tem que usar todo o seu tempo mesmo para isso. E aí quando você faz uma coisa que é mais estrutural, que não vai gerar nenhum recurso, nenhuma produção, ela vai melhorar a sua qualidade de vida, que vai te ajudar a ter acesso, mas ela é como se fosse um meio, é muito difícil de aproximar das pessoas. AdC: Autoridades: O que você diria às pessoas que ainda enxergam a caminhabilidade como um conceito secundário ou pouco relevante em comparação com outras prioridades urbanas, como o transporte motorizado? A gente precisa pegar nesse lugar cultural que todas elas são impactadas, né. Igual toda outra cidadania que não vê muita relevância nisso. E você precisa sensibilizar. E da mesma forma. Então, são pessoas que precisam ser sensibilizadas sobre o tema. E aí, a gente percebeu isso. E a gente partiu de um lugar em que a gente faz muita pesquisa, traz muitos dados e tal. Mas na hora da tomada da decisão, não é isso que faz a pessoa priorizar ou mudar a escolha. E a gente entendeu que era a partir da experiência, do próprio olhar daquela pessoa. Há um tempo, fizemos um projeto que chama Sentindo nos Pés, em que convidamos pessoas que estão em cargos de influência para caminhar conosco “sentindo na pele”, ou melhor, nos pés, como é se deslocar a pé na sua cidade, desafiando-as a apontar o que é bom e ruim no caminho. Assim, a gente sai um pouco desse lugar de especialista, porque já temos esse conhecimento, e quem fala são as próprias pessoas. Eu já estou trazendo aqui o conhecimento numa sala fechada, numa reunião. E quero que você comece a achar que isso é uma coisa muito importante. E a gente deu uma montada um pouco nesse processo, porque como é mobilidade, a gente sabia que a gente podia trazer as pessoas para vivenciar. E aí, a gente convida mesmo as pessoas para irem para a rua, caminhar, escolhem sim o trajeto, nunca vai ser uma experiência completa, vai ser a realidade de cada pessoa. De como as pessoas priorizam os carros, o que é uma experiência muito ruim, e que inviabiliza as crianças de terem autonomia na cidade. E assim, eu posso falar isso, mas a gente entendeu que era muito mais potente fazer as pessoas observarem isso. Tipo, por elas mesmas, com essa experiência de caminhar. E aí, poderem refletir com esse tema. O assunto do movimento urbano foi da negação do natural e o natural sempre voltando e aparecendo de outras formas. Tem pessoas achando até que esse natural quase incômodo e atrapalha a vida na cidade. Só que não, precisamos dessa relação com o ambiente natural. Então, a gente tem essa visão frontal. Se hoje não tem natureza nas grandes cidades é porque soterramos essa natureza embaixo do urbano.
- Ancestralidade e Sabores - Podcast Empreendendo na Periferia #2
Conheça a história da empreendedora Michelle da Cruz, da Menina Sabores! O Podcast Empreendendo na Periferia é um espaço onde histórias reais e dicas práticas se encontram para fortalecer o empreendedorismo que nasce das periferias do Brasil. É uma produção da Aventura de Construir, a AdC, ONG que atua no apoio ao crescimento pessoal e a transformação socioeconômica desse público, os microempreendedores das periferias , promovendo sua formação e fortalecimento. A cada episódio, traremos convidados especiais que compartilham suas experiências, desafios e sucessos no mundo do empreendedorismo . São verdadeiros protagonistas de suas vidas, seus negócios e suas comunidades. Nos siga nas plataformas de áudio e nas redes sociais para não perder nenhum episódio. Apresentação de Leonardo Alqualo Produção de Leonardo Alqualo e Vinicius Dutra Edição de Vinicius Dutra
- Cidades sustentáveis; Vamos construir juntos?
Por: Verônica dos Santos Silva As áreas urbanas nas cidades crescem a cada década e, na mesma medida cresce também a emissão de CO2, que é a consequência do grande consumo de energia e recursos naturais. E é sobre esse assunto que trataremos: Como podemos construir cidades sustentáveis? No mês de junho e julho, aqui no Blog da AdC, falamos sobre a importância do combate às alterações climáticas e concluímos que a adoção de políticas que ajudem a lidar de forma responsável com a economia, a sociedade e o meio ambiente são fundamentais. Se analisarmos, de forma um pouco mais crítica, o histórico de construção e desenvolvimento das cidades veremos que existe um foco desproporcional na economia se compararmos, por exemplo, com o meio ambiente. Durante seu desenvolvimento muitas cidades pautaram suas decisões acreditando que os recursos naturais que possuíam eram inesgotáveis. Porém, aprendemos e sabemos que os recursos têm limites, certo? Diante de tal fato, a sociedade como um todo passou a adotar uma nova lógica de funcionamento, gestão e crescimento das cidades, combatendo, principalmente, os padrões de consumo desenfreado. De acordo com Mark Roseland (1997), que recebeu o Prêmio SFU Sustainability Network por Excelência em Pesquisa em Sustentabilidade: “Cidade Sustentável é o tipo mais durável de assentamento que o ser humano é capaz de construir. É a cidade capaz de propiciar um padrão de vida aceitável sem causar profundos prejuízos ao ecossistema” Em geral, o caminho a se percorrer para que as cidades fiquem mais sustentáveis, é sim, um processo de médio a longo prazo , que envolve planejamento e participação ativa do Estado, da sociedade e de você leitor, que como microempreendedor(a) contribui para a economia do país também. Ao olhar a necessidade emergente de cidades sustentáveis de forma macro (nacional ou internacional), percebe-se a ausência de práticas sustentáveis simples e diárias que poderiam estar sendo aplicadas. Reaproveitar a da água da chuva, destinar e separar de forma correta o descarte de resíduos produzidos, consumir de forma consciente, usar a água com consciência são alguns exemplos dessas medidas diárias que com certeza, embora pareçam pequenas, lá na conta final trarão impactos significativos ao meio ambiente. Que tal colocar seu negócio para assumir esses compromissos? Além de começar a praticar você também pode engajar seus clientes nestas propostas. Fazendo isso, além de garantir a permanência do meio ambiente para gerações futuras, certamente você tornará o seu empreendimento mais atrativo e diferenciado para os clientes. , De acordo com o estudo da Opinion Box , 75% das pessoas afirmam que as empresas possuem mais chances de conquistá-las como clientes, caso elas realizem práticas sustentáveis. Vamos construir juntos? Aluna do 2º semestre de Relações Públicas na FECAP Horas: 04:00 Fontes: https://www.amazon.com.br/stores/author/B001KIHFMC/about https://www.eumed.net/actas/20/trans-organizaciones/23-CIDADES-SUSTENTAVEIS.pdf
- A Força das Colaborações Catalizadoras
Como as estratégias de colaboração e catalisadores de mudança estão moldando o futuro das inovações sociais no Brasil e no mundo Por Sofia Missiato Jeroo Billimoria é uma líder global reconhecida por sua capacidade de catalisar mudanças sociais significativas através de redes colaborativas. Em recente evento que a Aventura de Construir participou a convite da Monica Pasqualin , Billimoria compartilhou sua visão sobre o poder das colaborações em rede, destacando a importância de se adaptar às necessidades dos membros e das comunidades que essas organizações servem. Abaixo, exploramos os principais pontos de sua fala. A Magia das Colaborações: Energia e Adaptação Billimoria inicia destacando a importância da energia que as colaborações trazem para as organizações. “Tem mais energia sendo trazida. E eu sinto que isso é muito bom,” ela diz, sublinhando que essa energia é essencial para o florescimento das parcerias. No entanto, essa energia só pode ser efetiva quando as colaborações são adaptadas às necessidades dos membros, e não impostas de cima para baixo. Durante a entrevista, Jeroo destacou um período em que as colaborações em sua rede global estavam falhando devido a uma abordagem excessivamente centralizada. "As colaborações não estavam florescendo porque estávamos sendo muito de cima para baixo", explicou. Ela notou que o segredo para a revitalização das parcerias foi escutar os membros e permitir que suas energias e necessidades conduzissem as ações. "O espírito disso é muito mais construído na energia do membro", disse ela, ressaltando a importância de uma abordagem que apoie diretamente os desejos e contribuições dos colaboradores. Catalisadores para o Clima Billimoria também falou sobre os "Catalisadores para o Clima", um exemplo claro de como as colaborações podem ser bem-sucedidas quando são alimentadas pela energia dos membros. O projeto, trouxe membros climáticos de todo o mundo para colaborar. “Estamos olhando para um memorando de entendimento com eles,” ela explica, mostrando como a formalização das parcerias é importante para a continuidade dos esforços. O Papel dos Governos e a Continuidade das Ações Outro ponto abordado por Billimoria é a necessidade de envolvimento dos governos nas colaborações para garantir a continuidade. “Muitos governos não têm largura de banda para fazer isso. Eles estão lá por um ano. Eles querem apenas fazer algo legal,” afirma. Neste contexto, ela destaca a importância dos catalisadores como fatores de continuidade, capazes de garantir que os projetos não percam força com as mudanças governamentais. ‘’O papel dos governos é vital, mas insuficiente sem a continuidade fornecida por catalisadores.’’ ‘’É necessário olhar para os catalisadores como o fator de continuidade. E eu acho que é isso que queremos construir, que damos aos governos a opção de fazer isso por meio de indivíduos, por meio de membros que apoiamos ou por meio de catalisadores que estão na vanguarda para poder fazer algo, mas para traçar o perfil dos membros. É disso que as pessoas gostam, é que a entidade catalisadora não traça o perfil de si mesma tanto quanto traça o perfil dos membros. E então as pessoas vão em frente porque se unem, não de uma forma forçada, mas apenas de uma forma aberta de compartilhamento, as colaborações decolam. Lembre-se, nós fizemos isso no começo.’’ O Brasil e as colaborações sociais Billimoria também vê grande potencial para o Brasil emergir como líder em colaborações sociais, especialmente no contexto dos "Catalisadores para o Clima". Ela sugere que o Brasil poderia se inspirar no sucesso de outras nações e adaptar esses modelos para suas necessidades específicas. “Eu acho que é isso que o Brasil deveria realmente se unir a muitos para fazer,” ela comenta. Ao final de sua fala, Billimoria aborda a necessidade de reestruturação e reposicionamento contínuo das organizações para se manterem relevantes. Ela menciona as reflexões que estão sendo feitas sobre o futuro dos "Catalisadores para o Clima" e como essas adaptações são essenciais para o sucesso a longo prazo. “Estamos apenas começando algumas reflexões porque achamos que precisamos ajustar algumas regras aqui,” afirma, destacando a importância de manter as organizações ágeis e receptivas às mudanças. Contexto atual De acordo com Billimoria, o governo tende a desconsiderar soluções pequenas, embora a maioria dos empreendedores sociais no Brasil são pequenos. “O governo não gosta de pequeno. E a maioria dos nossos empreendedores sociais são pequenos. Então, não criamos impacto”, declarou. Ela argumenta que a verdadeira força do capital social reside na capacidade de reunir uma massa crítica de iniciativas para enfrentar grandes questões nacionais, sugerindo que o empreendedorismo social brasileiro deveria focar em amplificar o impacto dessas pequenas iniciativas. Sua proposta central é a criação de um "plano de ação nacional" que congregue soluções de empreendedores sociais de todo o Brasil em um único documento estratégico. Este plano, segundo Billimoria, deve ser apresentado ao governo como um conjunto coeso de propostas para resolver problemas como desemprego, alfabetização e pobreza. Ela enfatiza que, ao integrar as soluções dos empreendedores sociais com o apoio de grandes capitalistas, seria possível oferecer ao governo um plano de ação concreto, viabilizando a criação de milhares de empregos e outras melhorias sociais significativas. Billimoria também sugere que esse plano seja apresentado durante a cúpula do G20 no Brasil, transformando-o em uma ferramenta de advocacia e implementação de políticas, ressaltando a importância de coordenar esforços em todo o ecossistema de inovação social do país. Para ela, a chave para o sucesso dessa estratégia está em uma colaboração mais ampla, que inclui não só o setor privado e os empreendedores sociais, mas também o governo e instituições acadêmicas. Ao final da entrevista, Jeroo Billimoria se mostrou otimista quanto ao impacto potencial desse plano, convidando os inovadores sociais brasileiros a se unirem em torno dessa iniciativa. "Trabalhar juntos, como capitalistas e inovadores sociais, pode ser o catalisador que o Brasil precisa para enfrentar seus desafios mais complexos". Aventura de Construir e Catalyst Brasil A Aventura de Construir, nossa organização que atua fortemente no campo do empreendedorismo social, está à frente de uma nova e ousada iniciativa de colaboração interinstitucional. Silvia Caironi , líder da organização, propor a criação de um projeto em conjunto com outras oito organizações, como parte do renomado programa 100 and Change. O projeto, que surgiu a partir de uma sugestão de Caironi durante o processo de candidatura à bolsa, visa unir forças em prol de objetivos comuns ligados ao empreendedorismo social e à mudança climática. A ideia ganhou força após conversas com membros e parceiros, onde ficou claro o desejo de ampliar as colaborações. Para identificar as áreas prioritárias, a Aventura de Construir realizou, no ano passado, uma pesquisa entre seus membros, questionando quais Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) eram mais importantes para eles. O resultado levou à formação de grupos de trabalho focados nos ODS 8 (Trabalho Decente e Crescimento Econômico) e 12 (Consumo e Produção Responsáveis), que agora estão colaborando ativamente no projeto. “O fato de estarmos discutindo juntos e pensando em soluções é incrível. Todos estão engajados e participando, ninguém se posiciona como o dono das respostas” , comentou Gisela Maria Bernardes Solymos, presidente da Catalyst 2030 Brasil. AdC: Qual é a maior barreira ou problema que o Catalyst 2030 enfrenta atualmente neste processo de aceleração em direção aos objetivos de desenvolvimento sustentável? Com tantas partes e partes interessadas envolvidas, quais são os desafios mais críticos na coordenação de ações e na obtenção de resultados positivos ? Jeroo: Então, antes de tudo, quero dizer que nunca há desafios, porque, como esta garrafa de água, ela está metade cheia de água e metade com ar. Então, nunca há um desafio, sempre há uma solução positiva. A principal maneira de trabalhar do Catalyst é trabalhar com princípios. E nossos princípios são reunir, conectar, colaborar, cocriar e coesão, e se unir. Então, Catalyst, para mim, o que precisamos fazer no Catalyst, e como podemos resolver os maiores problemas sociais, é nos unirmos nas coisas que mais importam para nós. Então, lá em cima, estávamos falando sobre o financiamento que mais importa para nós. Portanto, nos reunindo para ver como podemos tentar fornecer recursos para todos. Alcançar os mais pobres dos pobres é o que mais importa para todos nós. Então, como podemos alavancar uns aos outros para alcançar os mais pobres dos pobres? E eu acho que para que tudo isso aconteça, a maior mudança que temos que ter é mudar de uma mentalidade de eu e o que há para mim, para uma mentalidade de nós e o que há para todos nós. Eu acho que essa é a mudança que temos em nossa mentalidade. E então seguimos os princípios de convocar, conectar, colaborar, celebrar, cocriar. Nós nos uniremos para mudar o sistema que queremos mudar.
- PRESERVANDO A TERRA: A JORNADA SUSTENTÁVEL DA OKÊ AVENTURA
Por Luiz Sette No mês de maio, a Aventura de Construir dedica as suas publicações ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 15 - Vida Terrestre: “Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da terra e deter a perda de biodiversidade” . Para a Jornada de Sustentabilidade de hoje, portanto, entrevistamos Diego Cruz, fundador da OKÊ Aventura , que compartilhou conosco sua inspiradora jornada de transformação pessoal e empreendedorismo, que se entrelaça com a missão de preservação e gestão sustentável dos ecossistemas terrestres e das florestas, um dos pilares fundamentais do ODS 15. A história do negócio do Diego começa com uma conexão profunda com a natureza, um refúgio que o acompanhou durante os desafios que enfrentou no seu antigo emprego. A relação ruim com o trabalho o levou a realizar uma transição de carreira e, nesse contexto, nasceu a OKÊ Aventura, uma agência de viagens que oferece experiências de aventura e ecoturismo, enraizada na paixão pela preservação ambiental. Diante dos novos desafios de gerenciar o seu próprio negócio, ele conheceu a Aventura de Construir (AdC), através do projeto Resenha Empreendedora. Posteriormente, participou dos projetos Realidade Empreendedora, e Decisão Empreendedora. Diego conta que, através da AdC, revisou estratégias e aprimorou suas habilidades de gestão, encontrando apoio para organizar e estruturar sua empresa. Diego – Acho que foi um momento muito bom pra eu rever algumas coisas que eu já tinha feito. Pensar o modelo de negócio e algumas coisas nesse sentido. Eu tinha feito já, mas fazia muito tempo que eu não visitava. Então, ali, com a AdC, eu revisitei essas coisas e eu trabalhei isso de uma forma mais estratégica. Acho que isso foi muito importante, além de também eu começar a olhar um pouco mais pro financeiro, planejamento, organização. Porque, ainda assim, a minha vida estava bem desorganizada, né? Não tinha muito controle das coisas que estavam acontecendo. E acho que o principal que veio, assim, muito forte, foi eu aprender a me organizar e criar alguns procedimentos, sabe? Que são coisas que eu tenho até hoje. Diego ressalta que as viagens oferecidas por sua empresa contribuem diretamente para a conscientização e educação ambiental. Utilizando os princípios do Leave No Trace , eles minimizam o impacto ambiental e promovem uma conexão respeitosa entre os viajantes e os ecossistemas visitados. A Leave No Trace é uma organização pioneira na ciência, que fornece soluções comprovadas e baseadas na investigação para a proteção do mundo natural. Consciente da importância da preservação ambiental, Diego participou de uma formação e possui um certificado da organização, da qual utiliza os princípios para “não deixar rastros” em suas viagens e passeios. Diego – Eu acredito que (a OKÊ Aventura) contribui plenamente (para a preservação ambiental), sabe? Porque é uma coisa, quando a gente fala sobre educação ambiental, é muito importante a questão de estar nos lugares que precisam ser preservados, conhecer para entender o porquê eu tenho que preservar aquilo. É muito mais fácil, no processo de aprendizagem, você ter o contato com aquilo que você deseja proteger. E, através do turismo, a gente consegue causar isso. Porque, assim, as nossas atividades, elas não param só em levar os turistas para aqueles locais e a gente ir lá fazer as atividades que a gente quer fazer e ir embora. Não, a gente conecta as pessoas com os lugares, a gente traz as histórias. A gente traz técnicas e meios para que a visitação cause o mínimo impacto possível. A gente tem uma série de práticas que usa pra isso, uma base delas é o Leave No Trace, pensando sempre no mínimo impacto. Ao promover a conscientização sobre a importância da preservação, Diego acredita que a OKÊ Aventura “planta sementinhas” de cuidado e respeito pelo meio ambiente nas pessoas que participam das suas aventuras. A abordagem de Diego está totalmente alinhada com os princípios da ODS-15 e reflete o compromisso que ele e sua equipe têm com a proteção e a sustentabilidade dos sistemas terrestres. Sobre a relevância pessoal dessa missão, Diego enfatizou a importância de preservar esses ambientes não apenas para as gerações presentes, mas também para as futuras. Sua paixão pela natureza o impulsiona a agir, a ser um agente de mudança e a garantir que lugares extraordinários permaneçam acessíveis e conservados. Diego – Pessoalmente falando, é sobre a existência, a gente precisa garantir a vida na terra para que a nossa vida exista, isso é uma base. E indo um pouco mais, uma percepção, eu gosto muito de estar na natureza, gosto muito das paisagens, dos desafios que são oferecidos, enfim, tudo mais, e se eu não preservar isso, não vai estar disponível mais pra mim e nem para as próximas gerações. Pra mim é muito apaixonante eu poder ver o quanto as pessoas se sentem bem nesses lugares de desafios, e também ver a relação entre as pessoas e os ambientes, a relação harmoniosa entre os dois, é muito gratificante pra mim ver isso. Só que eu tenho plena consciência que para que isso continue existindo, a gente tem que cuidar, a gente tem que preservar e a gente tem que ensinar as pessoas sobre esse cuidado, porque senão vai deixar de existir. Diego ainda ressalta como a Aventura de Construir trouxe para ele uma visão de como mensurar o impacto que ele gera com o seu negócio. Hoje, ele mensura a quantidade de pessoas que ele impactou e está elaborando um sistema para mensurar o quanto de lixo eles dão a destinação adequada durante as suas atividades. A história de Diego e da OKÊ Aventura é um exemplo inspirador de como o empreendedorismo pode se alinhar com a preservação ambiental e os objetivos de desenvolvimento sustentável. Por meio de suas viagens e práticas responsáveis, ele não apenas compartilham a beleza da natureza, mas também trabalham ativamente para protegê-la, um passo crucial em direção a um futuro mais sustentável e equilibrado para todos.
- Soluções inovadoras para cidades sustentáveis e resiliência climática no Brasil
A Contribuição da tecnologia verde da Umgrauemeio Por Sofia Missiato A atuação da Umgrauemeio está profundamente alinhada com o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 11 , que busca tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis. A empresa se destaca ao implementar tecnologias de ponta para a detecção e prevenção de incêndios florestais, protegendo vastas áreas naturais que, direta ou indiretamente, afetam a qualidade de vida urbana. Conversamos com Rogério Cavalcante , CEO da empresa que nos disse que o Projeto “Abrace uma Floresta” exemplificam essa conexão, onde a iniciativa privada é incentivada a investir diretamente na preservação ambiental , criando um ciclo virtuoso de sustentabilidade. A preservação das florestas é essencial para a manutenção dos serviços ecossistêmicos, que incluem a regulação climática, a qualidade do ar, pontos fundamentais para o bem-estar das populações urbanas. Na COP26, realizada em 2021 na Escócia , a empresa brasileira umgrauemeio recebeu um reconhecimento global por sua contribuição significativa na luta contra as mudanças climáticas. Convidados pelo governo escocês, Rogério Cavalcante e sua equipe participaram ativamente do evento, apresentando o projeto Abrace a Floresta onde compartilharam suas soluções inovadoras para a detecção precoce de incêndios florestais, contribuindo diretamente para a redução das emissões de CO2. Desde a sua fundação em 2016, inicialmente com o nome de Sintecsys , a umgrauemeio passou por uma série de transformações e amadurecimentos. Segundo Cavalcante, a empresa, que começou como uma startup focada em monitoramento, evoluiu para uma plataforma abrangente que agora inclui algoritmos de inteligência artificial para detecção de incêndios, medição de carbono e simuladores de preparação para eventuais desastres. “O que começou com a detecção somente de incêndio, hoje temos uma infraestrutura, simuladores de propagação, algoritmo de detecção automática, mensuração de carbono, e podemos avançar ainda mais” , destacou Cavalcante. Um ponto de virada na trajetória da umgrauemeio ocorreu em 2019, quando Cavalcante fez uma imersão na Amazônia, o que reforçou o propósito da empresa de combater incêndios florestais como uma maneira de reduzir as emissões de carbono. Este engajamento com a causa ambiental foi catalisado por conversas com pesquisadores que revelaram que 20% das emissões globais eram originárias de incêndios florestais. A partir disso, a empresa redirecionou seus esforços para desenvolver tecnologias que pudessem detectar incêndios em segundos, reduzindo significativamente os danos ambientais. Parcerias Estratégicas No Pantanal, por exemplo, a empresa monitora 2,5 milhões de hectares 24 horas por dia , e conseguiu reduzir as áreas queimadas em 75% comparadas a regiões não monitoradas pelo seu sistema. Esse sucesso foi reconhecido nacional e internacionalmente, com destaque em veículos de mídia como o Jornal Nacional e o Globo Repórter. Além disso, a umgrauemeio estabeleceu parcerias com organizações locais, como o Instituto Homem-Pantaneiro , que coordena as brigadas e monitoramento na região do Pantanal. Estas colaborações são essenciais para o sucesso dos projetos de preservação e refletem a filosofia da empresa de trabalhar em rede para alcançar resultados significativos. Perspectivas Futuras e Internacionalização Embora o mercado internacional seja atraente, Cavalcante enfatiza que a prioridade da umgrauemeio é consolidar suas operações no Brasil, especialmente na Amazônia e no Pantanal, antes de expandir para outros países. “Estamos no lugar certo, na hora certa. O que queremos é resolver o dever de casa e, uma vez que tivermos sucesso no Brasil, estaremos prontos para levar nossa solução para o mundo” , afirmou. O Papel do ESG e a Visão de Futuro Cavalcante também refletiu sobre a importância do ESG (ambiental, social e governança) nas operações da umgrauemeio. Para ele, o ESG representa uma correção de mercado necessária, onde atividades econômicas que prejudicam o meio ambiente precisam ser responsabilizadas e penalizadas. Ele vê o ESG como uma oportunidade para fortalecer práticas sustentáveis e criar um impacto positivo duradouro na sociedade. ‘’Com sete anos de existência, a umgrauemeio já demonstrou resultados concretos na redução das emissões de carbono e na preservação ambiental. Acredito que a empresa está apenas começando sua jornada e que, com o apoio de novas tecnologias e parcerias, pode contribuir ainda mais para a proteção dos ecossistemas brasileiros e para a mitigação das mudanças climáticas.’’ Em um momento em que o Brasil busca reconquistar sua credibilidade internacional na área ambiental, a umgrauemeio se posiciona como um exemplo de inovação e compromisso com a sustentabilidade. Cavalcante conclui: “O Brasil tem tecnologia, tem capacidade, e, se trabalharmos juntos, podemos liderar a redução das emissões e mostrar ao mundo como é possível cuidar do nosso planeta.”