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Empreendedorismo feminino: desigualdade e novas oportunidades

O Brasil tem a 7º maior proporção de mulheres entre os empreendedores iniciais. É o que aponta a pesquisa “Empreendedorismo Feminino no Brasil”, feita pelo SEBRAE e publicada em março do ano passado. Ao todo, são 24 milhões de mulheres empreendendo no país. 

Vale ressaltar que, apesar do número expressivo, ele ainda é inferior a quantidade de homens que empreendem – 28 milhões, no total, ainda de acordo com o estudo citado acima. Quando falamos sobre donos e donas de negócios, o cenário ainda é desigual: 9,3 milhões de mulheres para quase 19 milhões de homens. 

Igualdade de gênero é um dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS#5) da ONU, e, com isso, vale refletir: assim como no mercado de trabalho, mulheres são minoria no empreendedorismo. Por quê isso ainda acontece? 

Objetivos do Desenvolvimento Sustentável definidos pela ONU

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Um novo ciclo aos ODS!!!

Como signatários do Pacto Global, a Aventura de Construir (AdC) está sempre atenta a este cenário. No último ano, o número de mulheres assessoradas cresceu expressivamente, passando de 59% para 71%. Uma delas é Adriana Barros, proprietária da ABarros Editora, que publica livros escritos a partir da visão de Arthur, seu filho autista. Seu empreendimento traz a possibilidade de dividir conhecimentos e experiências com mães e pais que, assim como ela, convivem com a condição em seu dia a dia.

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Série Elos de Impacto: As histórias por trás dos empreendimentos que transformam

Assim como muitas, Adriana leva uma dupla jornada: trabalhadora e mãe em tempo integral. Além disso, a empreendedora conta que novas dificuldades surgiram durante a pandemia de Covid-19. “O número de palestras vinha crescendo, as pessoas estavam começando a conhecer melhor o nosso trabalho e a nos chamar nas escolas. Estávamos vendendo ingressos para o primeiro grande evento do grupo, e as vendas foram a zero”, ressalta. 

Da direita para a esquerda: Adriana Barros e seu filho Arthur em assessoria presencial na AdC, antes da pandemia.  

Foi pensando em capacitar mais “Adrianas” que a AdC e Lamberti Brasil se uniram para tirar do papel o projeto Lamberti Transforma: Desenvolvendo Territórios, a ser executado em 2021 com o objetivo de reverter o cenário de desigualdade de gênero no empreendedorismo no território de imediata influência da empresa, dando suporte a mais negócios idealizados por mulheres por meio de capacitações e assessorias com foco em  alfabetização em informática para que este público aprenda a usar as novas tecnologias de forma humana, responsável e protagonista em iniciativas que promovam geração de renda.

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Existe futuro para a sustentabilidade dos microempreendedores no Brasil?

Para Silvia Caironi, Coordenadora Geral da Aventura de Construir, participar de uma iniciativa como esta é extremamente importante, uma vez que “um dos públicos atendidos pela AdC, mulheres com filhos que trabalham de casa, sofreu os maiores impactos e se tornou ainda mais vulnerável devido a crise de Covid-19. Esses dados nos interrogam profundamente: como reverter tal situação? Temos algo para propor em resposta? Nasce assim o projeto Lamberti Transforma. Trata-se de um desafio antes de tudo para nós, pois precisamos idealizar e desenvolver modelos de negócios através dos quais a tecnologia possa ajudar mulheres a gerar renda de forma sustentável e criativa.” 

Esperamos que, cada vez mais, iniciativas como esta sejam pensadas e colocadas em prática para que, em breve, o ODS#5 seja cumprido. 
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CHEGOU O MOMENTO DE CELEBRAR!!!

Mais uma fase concluída do Crescendo em Rede: na terça-feira, dia 03 de novembro, aconteceu a tão esperada entrega de prêmios. Parece que foi ontem  a Live de apresentação desse projeto que veio para democratizar o ecossistema de impacto social.

O começo de tudo

A atitude  de democratização do ecossistema esteve presente em cada fase da jornada Crescendo em Rede, começando pela elaboração do projeto em si – processo este que envolveu diálogos profundos com diversos atores deste ecossistema (acadêmicos, empreendedores sociais, fundações, etc). O escopo deste projeto favoreceu o interesse deles em acompanhar sua evolução a longo prazo com ímpeto, técnica e entusiasmo.

Desenvolvimento do projeto

A construção a várias mãos da metodologia utilizada nas oficinas foi essencial para a profundidade do impacto alcançado. A consultoria de inovação social, Catálise Social, e a Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa) não só foram corresponsáveis pela estruturação do conteúdo programático das oficinas, mas também realizaram  o treinamento da equipe de Desenvolvimento de Projetos.

A mão na massa foi presente o longo das seis semanas de oficinas, os mais de 40 participantes puderam desenvolver seus projetos de negócio de impacto com o foco em atender a questões reais estimulando o olhar humano para respostas concretas por meio de exercícios como preenchimento do Mapa de Atores, realização de pesquisas de campo, rodadas de torós de ideia (ou brainstorming).

Estimulados a encontrar as causas das problemáticas que buscam enfrentar, os participantes construíram soluções de impacto positivo, atendendo as demandas localizadas.Para além de responder a problemática e causar o impacto proposto, é de suma importância que os negócios sejam também sustentáveis financeiramente, que sejam geradores de renda e trabalho para os proponentes e suas comunidades. 

Os depoimentos dos participantes em relação à intensas semanas de trabalho nos fazem perceber a importância da continuidade dessa rede. Para alguns mais maduros no ecossistema de impacto, foi a possibilidade de reconexão com o propósito do negócio, de reinvenção no contexto da pandemia. “A muito tempo não parava para refletir sobre meu negócio nesta profundidade. Após alguns anos na atividade, estava no automático e aqui tive a oportunidade de reviver o por que do meu negócio, além de criar estratégias para os novos desafios do momento. Independente do resultado da premiação, saio vencedora” compartilhou Gisele, do Grupo Vida Amor e Riso na última semana de assessorias. E para aqueles participantes que estão estruturando seus negócios de impacto, muitos tiveram os primeiros contatos com temas relacionados a gestão financeira do negócio, como por exemplo, planejamento, elaboração de planilhas e fluxo de caixa. 

Crescendo em Rede significou a criação de um espaço de construção coletiva do conhecimento, algo que vem sendo levado muito a sério pelos participantes: já vimos lives entre perfis de participantes, e até mesmo a revisão mútua (e orgânica) dos projetos antes da submissão final, no sentido inverso de qualquer competição, a palavra de ordem tem sido a colaboração. Esse apoio entre participantes ficou muito marcada nas falas dos projetos contemplados com os prêmios. Os agradecimentos foram para os colegas que ajudaram, para a equipe toda. A mensagem que fica: esse é o fechamento de mais uma etapa. A rede segue em crescimento e marcando presença neste ecossistema. Do Crescendo em Rede já foram 5 projetos se lançando em outros editais, com protagonistas de suas histórias mais preparados para alcançarem outros espaços. 

Entrega de prêmios

A escolha dos membros da banca examinadora se deu em respeito aquelas pessoas que marcaram e marcam a trajetória da Aventura de Construir no espaço de impacto social. O diálogo com diferentes vozes do ecossistema possibilitou a construção de uma banca diversa, com olhares da academia, com a presença de Vinícius Picanço (Insper) e Edgard Barki (FGV), do corporativo Luis Fernando Guggenberger (Vedacit – Sustentabilidade), das empreendedoras sociais Adriana Barros (ABarros Editora) e Taynara Alves (InQuímica) e vozes de fomentadoras de impacto social Bruno Rizardi (Catálise Social), Vivianne Naigeborin (Fundação ARYMAX) e Mariana Almeida (Fundação Tide Setubal). 

Da análise minuciosa dos 25 projetos finais, foi unânime entre os avaliadores a qualidade percebida entre os projetos e a maneira como seguiam as tendências do ecossistema de impacto em seus desenvolvimentos e temas. “Um aspecto muito interessante e animador é ver o empreendedorismo periférico antenado com as tendências mais importantes nesse momento de transição que vivemos. Então pudemos ver projetos que falam de economia circular, de alimentação saudável, sustentabilidade ambiental, e pudemos ver projetos que falam de dois mercados muito importantes, da tecnologia e da saúde e cuidados” compartilhou Vivianne.

“Precisa ser possível viver dessas grandes intenções colocadas, do propósito de cada um dos projetos. Fico feliz de ver formas inovadoras de se enfrentar esse desafio, ainda muito latente, de garantir a geração de renda na geração de impacto” complementou Mariana Almeida.

A noite foi de muita emoção e para conferir na íntegra, é só acessar nosso canal do YouTube.

A mensagem que fica para todos e todas que fazem parte dessa rede foi deixada pela Ednusa Ribeiro, do Coletivo Meninas Mahin: “Os projetos que ganharam estão sempre procurando parceiros. Nós estamos juntos nessa caminhada. E quero deixar essa mensagem para vocês que não receberam o recurso dessa vez: não desistam. Precisamos efetivamente colocar em prática a frase Crescendo em Rede,nisso precisa ficar gravado aqui. No mundo que vivemos o dinheiro é necessário, mas o importante é fazer esse dinheiro virar Crescer em Rede: fazê-lo girar dentro das nossas possibilidades.” 

Conheça os projetos contemplados: http://bit.ly/crescendoemredeisc

Série Elos de Impacto: As histórias por trás dos…

Desde a metade de março de 2020, a equipe da AdC passou a realizar suas atividades de forma remota em decorrência da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

Mesmo com este novo cenário, os projetos, capacitações e assessorias não param! Um exemplo é o Fortalecendo em Rede, parceria entre a AdC e o Inovação em Cidadania Empresarial (ICE).

Para conhecer mais sobre a parceria e a história da Adriana Barros, da Editora ABarros, leia abaixo a matéria originalmente publicada no site do ICE.

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Na primeira matéria da nova série do Boletim ICE, conheça a trajetória de Adriana Barros e Maíra da Costa, empreendedoras negras que em comum têm a vontade de realizar sonhos e ajudar pessoas.

O efeito da pandemia de Covid-19 sobre a realidade socioeconômica brasileira é enorme e está longe de terminar. Potenciais danos causados pela crise adquirem dimensões maiores diante da vulnerabilidade econômica e social dos mais de 13 milhões de brasileiros que vivem nas periferias de todo o país.

Por outro lado, é também nas periferias que tem emergido um movimento liderado por uma geração de empreendedores que unem potência de inovação, impacto e superação. Apoiar a capacidade desses atores de enfrentar os desafios socioeconômicos se torna ainda mais necessário e urgente tendo em vista esse cenário.

Entretanto, o apoio a negócios de impacto demanda tempo, investimentos financeiros, equipe qualificada e o engajamento de muitos atores, dentro e fora da organização. Os desafios, que já eram inúmeros e alvos da ação de investidores sociais, empresas e filantropos, ganharam ainda mais escala frente à pandemia.

A partir da escuta de organizações e empreendedores envolvidos nos diversos programas e ações do ICE, o Instituto identificou o risco de descontinuação da agenda estratégica de apoio aos negócios de impacto, seja porque as parcerias públicas e privadas começaram a ser suspensas com o redirecionamento de recursos ao combate à Covid, seja porque muitos empreendedores começaram a deixar os programas de incubação e aceleração por não terem recursos para manter sua participação.

A resposta do ICE aos efeitos da Covid-19 sobre o ecossistema de impacto está concentrada em  organizações intermediárias, que são um dos focos de sua atuação desde 2015. A ação ganhou o nome de Elos de Impacto e aportou 725 mil reais em doze projetos, envolvendo cerca de 20 organizações intermediárias com alcance junto a quase mil empreendedores em todo o Brasil.

Somando-se a uma série de outras iniciativas criadas no âmbito do ecossistema brasileiro de impacto, a Elos de Impacto realizou ondas de apoio ativo, ou seja, a partir do mapeamento e escolha dos beneficiários, e também aportes por meio da chamada Elos de Impacto Incubação & Aceleração.

Efeito cascata

Por meio do apoio emergencial às organizações intermediárias, o objetivo do ICE foi fazer com que essa resposta também alcançasse os empreendedores, sobretudo os periféricos. “No âmbito dos empreendedores, identificamos que os mais impactados têm sido os de periferia, para quem ficar sem renda de uma hora para outra coloca em risco não só o negócio, como a própria sobrevivência das famílias”, explica Fernanda Bombardi, gerente executiva do ICE.

Duas dessas iniciativas, Fundo Volta por Cima e Aventura de Construir colecionam histórias de superação e impacto entre os empreendedores que puderam apoiar com a contribuição do ICE e outras organizações. Escolhemos duas delas para contar em detalhes. Confira.

Informação e comunicação vencendo o preconceito

O que uma criança autista tem a dizer? A resposta a essa questão está nos livros de Arthur Barros, que inspiraram sua mãe, Adriana Barros, a fundar a ABarros Editora.

À intenção de publicar os livros do filho, um adolescente autista, somou-se a possibilidade de dividir informações com famílias que, assim como ela, convivem com a condição em seu dia a dia.

“Quando o Arthur escreve um livro, ele quebra a maior das barreiras do autismo: a da comunicação. Aos onze anos, o Arthur já havia escrito dois livros. Hoje, aos 15, já são sete obras. Meu filho foi mudo por um tempo e hoje realiza palestras e cria histórias”, observa Adriana.

A empreendedora conta que durante o lançamento do primeiro livro, as pessoas a abordavam espantadas diante da possibilidade de uma pessoa autista escrever livros. “Vi ali a necessidade de dividir as informações que a minha família vinha acumulando. Foram mais de dois anos entrando e saindo de consultórios e laboratórios até ele ser diagnosticado”, lembra.

A vontade de ajudar outras famílias se transformou no projeto “Esperança de um mundo inclusivo”. A iniciativa conta com um grupo de profissionais de áreas diversas que realizam ciclos de palestras sobre o tema. Adriana conta que, com a pandemia, os eventos passaram a ser realizados de forma online.

“Para mim, o maior desafio está em adquirir todos os conhecimentos e habilidades necessários para empreender bem. Temos que entender de fluxo de caixa, planejamento estratégico, marketing e venda, conhecer o produto, aprender a lidar com o cliente. Eu poderia falar do desafio financeiro porque é claro que ele existe. A ABarros funciona em um computador na sala de casa cedido por uma empresa que nos apoia disponibilizando equipamentos e é claro que eu gostaria de um dia ter o meu próprio computador, mas esse conhecimento é o que vai fazer o negócio ir bem”, observa.

Com o isolamento social para conter a Covid-19, as vendas dos livros da editora, que aconteciam durante as palestras, foram bastante prejudicadas. “O número de palestras vinha crescendo, as pessoas estavam começando a conhecer melhor o nosso trabalho e a nos chamar nas escolas. Estávamos vendendo ingressos para o primeiro grande evento do grupo que contemplaria sete palestras no mesmo dia e as vendas foram a zero. Isso foi bem impactante”, lembra a empreendedora.

A ajuda veio da Aventura de Construir (AdC), uma das organizações apoiadas pela iniciativa Elos de Impacto, do ICE. A organização atua em prol da erradicação da pobreza por meio de ações diretas junto ao público das periferias de São Paulo, apoiando, capacitando e acompanhando microempreendedores desses territórios. Frente à pandemia, a AdC tem se dedicado a assessorar virtualmente os microempreendedores na busca por soluções concretas de acordo com cada realidade.

“Com a pandemia, eu encontrei na AdC um apoio crucial que me permitiu um estudo mais aprofundado para me tornar a empreendedora que eu almejo ser. Esse conhecimento e mais as mentorias e assessorias foram essenciais para migrarmos as palestras para o online. Hoje, as pessoas podem comprar a palestra por um preço mais acessível e, com isso, queremos alcançar as famílias que não têm condições de pagar uma consulta com um neurologista. Com o apoio da AdC pude continuar existindo como empreendedora, algo que não quero deixar de ser jamais”, afirma Adriana.

Silvia Caironi, presidente da Aventura de Construir, conta que durante as capacitações e assessorias, foi possível perceber que os empreendedores desenvolveram uma consciência ainda maior de suas necessidades.

“As mudanças realizadas para responder à crise deixaram de ser algo pontual, repercutindo positivamente na gestão dos empreendimentos e se tornando novos hábitos acompanhados do fortalecimento gerado pelos aportes emergenciais. O aporte do ICE por meio da iniciativa Elos de Impacto foi crucial para darmos continuidade às ações iniciadas com os empreendedores já no início da pandemia. O acompanhamento por meio das assessorias sempre foi um dos diferenciais da metodologia da AdC e se tornou ainda mais crucial nos últimos meses”, reflete.

Sustentabilidade e geração de emprego e renda para enfrentar a crise

Inclusão é a palavra que melhor define a Free Soul Food. Criada em 2016 por Maíra da Costa para atender à vontade da mãe, já aposentada, de abrir um negócio no ramo alimentício, a empresa foi pensada a partir de sua própria experiência com especificidades alimentares: ela intolerante à lactose e a mãe diabética e vegetariana.

O caminho do impacto social não precede a fundação da empresa, mas aconteceu a partir de escolhas feitas pela empreendedora, que inclui o uso integral dos alimentos para evitar desperdício e diminuir a geração de resíduos e a opção por comprar de pequenos produtores e contratar mulheres migrantes.

“Conhecemos a Domingas, uma angolana que vivia em situação de semiescravidão. Resolvemos contratá-la e foi a melhor coisa que aconteceu com a gente, tanto pelo aumento da produtividade, quanto pela inovação que ela trouxe com suas receitas e modos de preparo. E ainda pudemos ajudá-la a se integrar de fato à cidade, incentivando-a, por exemplo, a usar o transporte público, algo de que ela tinha bastante medo, o que a fazia andar quilômetros todos os dias”, conta a empreendedora.

Com faturamento dependendo da realização de eventos empresariais, a Free Soul Food é mais um empreendimento que teve que se reinventar. Com o apoio do Fundo Volta Por Cima, a empresa conseguiu finalizar a reforma da nova sede e começou a retomar as atividades recentemente.

“A ajuda do Fundo Volta por Cima foi importante tanto para essa retomada, como para nos dar ‘fôlego’ para continuarmos funcionando mesmo faturando menos, mas com a perspectiva de prolongar a vida da empresa”, celebra Maíra.

A iniciativa é do Banco Pérola e da Articuladora de Negócios de Impacto da Periferia (ANIP) – composta por A Banca, Artemisia e FGVcenn – e foi criada para conceder empréstimos a juro zero, bem como acompanhamento, mentoria e consultoria pessoal a negócios de impacto periféricos.

A primeira rodada do Fundo arrecadou mais de um milhão de reais – 150 mil dos quais aportados pelo ICE – e apoiou 55 negócios que já tinham passado por algum programa da Artemisia e/ou da ANIP. 60% dos empreendimentos são de mulheres e 61,8% de pessoas pretas e pardas.

O empréstimo realizado aos negócios poderá ser pago em até doze parcelas sem juros, com carência de seis meses. À medida que os empréstimos forem pagos, o Fundo passa a ter a possibilidade de apoiar novos negócios.

Maure Pessanha, diretora-executiva da Artemisia, uma das organizações promotoras do Fundo Volta Por Cima, destaca que os empreendedores de impacto social têm transformado a forma de fazer negócios no Brasil.

“Esses empreendedores serão cada vez mais necessários para conter a escalada da pobreza e da escassez econômica no país durante e após a pandemia. Por isso, decidimos criar uma solução financeira que permita que eles continuem as próprias jornadas e possam permanecer como fonte de emprego e renda, gerando impacto e apoiando as economias locais em que atuam. Nesse sentido, o apoio do ICE foi muito importante, não só pela aposta na ideia e pelo recurso financeiro, mas também pelas mentorias e todo apoio da rede do ICE. Somos gratos pela confiança”, comenta Maure.

Cooperação e desenvolvimento: o que temos a ver com…

Pauta comum no ecossistema do investimento social privado no Brasil, os processos de cooperação e desenvolvimento territorial também deveriam ocupar largo espaço nas organizações intermediárias que atuam diretamente com o público receptor de diferentes iniciativas sociais.

Talvez não seja óbvio ao leitor que desconhece o trabalho da Aventura de Construir (AdC) compreender exatamente porque estamos abordando este tema, por isso vale a pena sempre retomar qual é a missão da organização. A AdC entende que transformações humanas e socioeconômicas em regiões vulneráveis só podem ocorrer se tais locais foram desenvolvidos, o que significa levar desde melhorias de infraestrutura (como acesso à água potável, saneamento, saúde pública e educação básica) até melhorias propriamente humanas, que envolvam o amadurecimento de aspectos pessoais, financeiros e profissionais de cada pessoa. 

Somente quando melhoramos esses fatores humanos podemos também melhorar o ambiente de modo integral, por isso nossa missão é o DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL INCLUSIVO! Ao gerar protagonismo pela centralidade da pessoa passamos a atuar com uma visão G-Local, o que permite à pessoa impactada de forma positiva tornar-se multiplicadora em seu território e ampliar o alcance da transformação pela qual ela foi inicialmente beneficiada e transformada! Ou seja, a cooperação em prol do desenvolvimento territorial funciona como uma engrenagem: só quando todos atuam juntos e no tempo certo é que a máquina pode operar com qualidade!

Nas últimas décadas, pelos menos desde os anos 1990, com a diminuição da intervenção dos Estados e a urgência de responder de forma mais próxima às necessidades, vemos crescer exponencialmente o número de projetos no Terceiro Setor e seu correlato destaque no cotidiano social, tanto brasileiro quanto internacional. A questão que fica, muitas vezes, é: mas como o Terceiro Setor, que vem se mostrando cada vez mais importante para o desenvolvimento territorial, pode seguir atuante e relevante sobre o tema?

A resposta é mais simples do que parece: COOPERAÇÃO!

É através da cooperação, seja por parte do investimento social privado ou da gestão pública, que o Terceiro Setor pode atingir a sustentabilidade necessária para executar projetos que gerem impacto socioambiental positivo (e mensurável)! Aliás, impacto mensurável deve ser uma grande condicionante para articulações de parcerias bem sucedidas. 

Quer um exemplo da AdC sobre uma parceria de cooperação? Podemos citar o projeto Aprender para Transformar, financiado pela Fundação Caterpillar dos Estados Unidos. Veja abaixo um resumo sobre os resultados desta cooperação:

  • Educação financeira para 150 pessoas, sem distinção de sexo, idade, gênero, religião, ofício ou qualquer outra segmentação na cidade de Sao Paulo.
  • Início: Janeiro 2019 / Fim: Agosto 2019
  • Objetivo:  Gerar mudança de atitude em relação ao uso pessoal e profissional do dinheiro e atuar alinhados às metas dos ODS 1, 4, 5, 8, 10, 11, 17.
  • Indicador: Organização pessoal e controle financeiro.
  • O que fez concretamente: Fomentou educação financeira para um público diverso.
  • Na vida real significou consolidar atitudes positivas frente ao uso dos recursos financeiros, promovendo conhecimento, apoio psicológico e facilitando a renegociação de dívidas.

Quer entender mais um pouco sobre esta tal de Cooperação?

No encontro do GIFE (Grupo de Institutos Fundações e Empresas) realizado dia 21/10 sobre Cooperação e Desenvolvimento, Fernanda Toledo – representando a Fundação Alphaville – afirmou algo que a AdC está totalmente alinhada, seja estratégica ou metodologicamente: 

“O território é um espaço que deve ser apropriado socialmente através de construção coletiva e apoio mútuo!”

Essa é a perspectiva pela qual enxergamos o território e partimos para promover iniciativas que respondam realisticamente às diferentes e comuns demandas regionais. 

E, para finalizar com chave de ouro, vale retomar a reflexão feita por Diane Pereira Sousa, do Instituto Comunitário Baixada Maranhense. Ea compartilhou conosco que para sairmos da escassez e chegarmos à abundância precisamos ampliar as oportunidades a partir do próprio território! Isso significa enxergar esses lugares não só a partir de suas vulnerabilidades já tão conhecidas, mas também de suas potencialidades!

Quer cooperar com a gente?! Escreva para contato@aventuradeconstruir.org.br e conte como você ou sua empresa/organização quer cooperar com nosso missão de desenvolvimento territorial inclusivo!

Novidade e uma reflexão sobre a juventude!

Você tem entre 14 e 20 anos e quer ser desafiado a pensar soluções inovadoras para problemas complexos? E você que está lendo este texto e não se encaixa nesta faixa etária: você conhece algum jovem desta idade? Filha, filho, enteado, sobrinha, amigo, vizinho?

Então aproveita que temos uma novidade na área: o Innovation Camp!

Olha, está aí uma capacidade em alta: a percepção cada vez mais profunda da realidade, capaz de encontrar soluções que respondam às necessidades observadas. Seja no mercado de trabalho formal ou em uma trajetória empreendedora, essa é uma capacidade a ser desenvolvida para a vida – e central na metodologia do Innovation Camp.

O programa estimula jovens que estão cursando o ensino médio a pensarem soluções inovadoras para os problemas complexos – uma formação em Design Thinking nos moldes de aprender fazendo! Com duração de 8 horas e emissão de certificado, serão abordados temas relacionados a inovação, tecnologia e ferramentas ágeis. Além disso, o encontro é 100% online e gratuito. Durante o processo, os alunos contam com a ajuda de mentores e voluntários que vão auxiliá-los durante o desenvolvimento da ideia. 

Um dos nossos métodos de trabalho é a atuação de redes. Assim como um radar, ficamos sempre atentos a tudo a nossa volta, filtrando aquilo que responde às necessidades reais dos protagonistas nessa Aventura: os microempreendedores. Nosso radar disparou com o trabalho da Junior Achievement, uma das maiores organizações incentivadores de jovens do mundo. Assim como nós, trabalha a partir da realidade de seu público. A AdC com os microempreendedores, a J.A., com os jovens.  

Fundada em 1919, a J.A. é uma das primeiras organizações a trazer programas de empreendedorismo para crianças e jovens da América Latina. Hoje, a JA trabalha para preparar os jovens para o futuro do trabalho por meio de programas de empreendedorismo, educação financeira e preparação para o mercado de trabalho. 

A cada ano, a rede da JA Worldwide capacita mais de 10 milhões de alunos em mais de 100 países. Nos mais de 35 anos no Brasil, a JA leva conteúdo para todos os estados brasileiros e já capacitou mais de 5 milhões de alunos com o apoio de mais de 150 mil voluntários. 

A atuação em rede nos permite potencializar nosso trabalho e de nossos parceiros. Essa parceria se inicia com o Innovation Camp. Potencializar o trabalho é fortalecer nossas redes. Um empreendedor que está no Crescendo em Rede, por exemplo, compartilha a experiência com o vizinho e, desta forma, uma hora eles estarão juntos conversando sobre temas parecidos. Uma rede de conhecimento que transborda as aulas, o curso e alcança de forma mais profunda a vida das pessoas. 

As inscrições estão abertas e podem ser feitas pelo  http://bit.ly/ic-adc. Os encontros vão rolar nos dias 20 e 21 de outubro, das 14h às 18h. Acione a sua rede, esperamos vocês!

Trabalho, apostar na pessoa

O trabalho fica no centro de qualquer desenvolvimento. E deve ser valorizado, partindo da pessoa e mirando nos conhecimentos, competências e capacidades transversais. O comentário de Giorgio Vittadini.

Um amigo de uma empresa social que se ocupa de formação e serviços para o trabalho me escreve: “Ocorreu-me frequentemente nas últimas semanas encontrar jovens em estado de “dispersão”, seja escolar, seja empregatícia, estando já faz tempo fora da órbita da escola e sem requisitos para serem inseridos no mercado de trabalho.

Nestes casos, em geral se escolhe entre duas opções: empurrá-los de volta para a escola e descarregar o “problema” sobre quem deverá ocupar-se com eles na sala de aula, ou então tentar a inserção numa empresa mediante programas de financiamento para o desemprego juvenil. Afinal, se a colocação não funciona, alguma coisa de qualquer jeito “eu trouxe para casa”. Não sei qual das duas soluções é a mais errada. Nenhuma das duas enfrenta de verdade o problema, ambas o deslocam.

Confrontando-me com uma colega que vive o meu mesmo sentido de impotência, decidimos tomar iniciativa para tentar realizar percursos para jovens como estes, que preveem um primeiro período de alternância escola-trabalho, útil para dar uma estrutura profissional e pessoal, e que finalize depois com um contrato de aprendizagem que lhes permita trabalhar e estudar ao mesmo tempo.

Encontramos a maneira de obter o financiamento do projeto e em breve partirá a primeira turma. Trabalhar e viver aceitando sair da “zona de conforto”, traz criatividade, ideias, vontade, e torna tudo muito mais interessante. É um início, veremos o que vai suceder».

O relato de meu amigo parece ter a ver só com os temas da nova qualificação e da formação continuada, mas se coloca em um contexto cada vez mais perturbador. O mundo do trabalho, já faz tempo em estado de choque devido ao rápido desenvolvimento tecnológico e à abertura dos mercados globais, reintroduziu sistemas de exploração: grandes empresas de trabalho temporário oferecem estágios a 350 euros mensais a sujeitos formados por 42 horas semanais; advogados que já superaram o exame são retribuídos com 250 euros mensais; os horários de trabalho para muitos se prolongam com frequência até às 23h sem contar como horas-extras…

Em momento geral de repensar o papel e a responsabilidade das empresas, dos trabalhadores e dos sindicatos, não é supérfluo lembrar que o trabalho permanece o centro de qualquer desenvolvimento econômico e social. De uma parte, deve ser criado e valorizado; da outra, deve ser abordado pondo no centro conhecimentos e competências, bem como as capacidades transversais, tais como o espírito de iniciativa, a confiança, a abertura mental.

Aquilo que serve talvez, de uma parte e da outra, é lembrar que não existem recursos humanos a serem explorados, mas que é o homem o recurso.


© RIPRODUZIONE RISERVATA

Publicação: 02.10.2020 – Giorgio Vittadini

Fim de um ciclo, início para novos negócios: valeu…

A jornada de capacitações do curso A Realidade Empreendedora foi concluída com muitos aprendizados! Conheça mais sobre os resultados deste projeto.

No final de setembro a equipe da AdC se debruçou na elaboração do relatório final do curso “A Realidade Empreendedora”. O trabalho realizado foi um convite para a reflexão de uma realidade que está em constante mudança.

Da elaboração a execução de um projeto existe uma trilha minuciosa a ser percorrida. Estratégias são criadas para que todas as ações ocorram como está previsto no cronograma. Mas parece que o ano de 2020 embaralhou alguns planejamentos.

Se no começo do ano a equipe da AdC estava fazendo, presencialmente, o reconhecimento dos espaços onde em breve aconteceriam as capacitações do curso “A Realidade Empreendedora”, na metade de março, a equipe  passou a realizar suas atividades remotamente em decorrência da pandemia do novo Covid-19 e o projeto ficou suspenso por um curto período…

A realidade nos convidou  a  “aprender a aprender” – e a AdC refletiu profundamente sobre sua própria missão levando em consideração o contexto atual e as novas (e não tão novas) necessidades do pequeno empreendedor periférico. 

Refletir sobre a própria missão é uma forma concreta de entender ainda mais o trabalho realizado. Esta ação permitiu avançar com fôlego, criar com potência e fundamento, novos caminhos. 

E este caminho abriu possibilidade para adaptar o projeto presencial “A realidade empreendedora” para o online. 
Com criatividade, ímpeto, e muito estudo saiu algo atento às novas necessidades. Algo que jamais seria possível se não fosse a confiança do ICCP na AdC.

Foram mais de 20 capacitações, 2 aulas totalmente especiais com a equipe do ICCP, 30 sessões de assessoria e envolvimento de mais de 15 voluntários altamente capacitados durante as atividades.

89 participantes assistiram pelo menos 1 aula desde o começo do curso, e 39 atingiram frequência igual ou superior a 70%. 

Para quem vivenciou o cotidiano deste projeto é fácil identificar as tendências gerais dos participantes: as perguntas recorrentes, a evolução, os pontos de melhora. Porém, como podemos validar estas impressões e compartilhar com os demais?

É fundamental entender se um programa social melhora a vida dos seus beneficiários e mensurar o quanto o projeto gera de impacto na população atendida e por isso, a AdC  avalia o impacto das suas atividades desde 2015.

Para realizar esta avaliação no projeto “A Realidade Empreendedora” os participantes responderam 2 questionários: o inicial, realizado em junho de 2020, e o final, em agosto do mesmo ano. 

As perguntas eram referentes ao empreendimento durante os meses de maio e agosto de 2020. E alguns dos temas abordados foram: receita e lucro mensal, controle financeiro, planejamento e cumprimento de metas, divulgação do negócio, objetivo de impacto (relacionado a consumo consciente), etc. 

A análise comparou a média dos indicadores pré-pós projeto dos 39 participantes que atingiram frequência igual ou superior a 70%. 

E o resultado?

Para melhor visualização, seguem abaixo três gráficos:

O gráfico 1 mostra que:

  • A variação de Faturamento foi de 40,33% a mais no fim do projeto;
  • A variação de Lucro foi de 39,40% mais no fim do projeto;
  • Os resultados mostram essa variação mesmo com o funcionamento parcial dos empreendimentos em decorrência da pandemia do Covid-19.

O gráfico 2 evidencia que:

  • Houve a necessidade de aumentar a divulgação nas mídias devido ao aumento do e-commerce;
  • Aumentou o registro de gastos e recebíveis devido ao foco dado nas capacitações para registros financeiros;
  • Aumentaram as dívidas e diminuição de número de funcionários por conta da crise.

O gráfico 3:

  • Pelo menos 10 pessoas reduziram o consumo de água e energia nesse período;
  • Pelo menos 15 pessoas passaram a registrar gastos financeiros;
  • Cerca de 10 pessoas passam a observar mais os aspectos sociais do bairro.

Os resultados são positivos, mas estamos longe de achar que a jornada empreendedora acabou. É preciso sim celebrar, mas sem perder de vista o foco constante na evolução. 

E para não perder de vista as potências deste belo projeto, compartilhamos algumas das dicas valiosas de voluntários e da equipe da AdC para todos os empreendedores:

Segundo o voluntário José Maurício (especialista em gestão de recursos humanos e logística): “Nesta situação atual eu destacaria a necessidade de entender o contexto e buscar ser criativo dentro das necessidades do momento. Porque não adianta você ter uma super ideia se ela não é aplicável naquele momento e às vezes tudo o que precisamos é de algo simples, mas que atenda as demandas do momento. Aquela coisa de não querer reinventar a roda quando a roda que temos atende nossas necessidades.”

Franklin Menezes, consultor da AdC, relembra ações fundamentais para garantir a sustentabilidade financeira do empreendimento:

Dica 1: Separe as finanças pessoas da finança do negócio!

Dica 2: Estipule um salário (pró-labore).

Dica 3: O negócio precisa ter independência, por isso, faça o planejamento financeiro, realize o controle de entradas e saídas para que você consiga fazer seu planejamento diário e mensal.

Dica 4: Elabore orçamento para que você consiga fazer projeções mensais e tome decisões fundamentadas para seu negócio.

Fica 5. Planilha sem análise não adianta! Separe 30 minutos do seu dia para realizar a contabilidade, o controle financeiro de seu negócio. 

Laila da Silva Covolan (Agência São Francisco – Comunicação e Marketing) foi participante assídua do curso e durante a jornada empreendedora se transformou também em uma voluntária fantástica, compartilhando seus conhecimentos com os colegas de sala.

A publicitária compartilha:

“Minha agência chama-se São Francisco porque eu sou louca pela vida dele! Acho que ele é um mega exemplo e tem uma frase que resume muito, tanto sobre marketing porque é muito a questão de sair da zona de conforto, como sobre empreender… A citação é assim:

“Comece fazendo o que é necessário, depois o que é possível, e de repente você estará fazendo o impossível.” (São Francisco de Assis)

Eu fico imaginando quantas pessoas quando começaram o curso pensavam que empreender era impossível? E a Aventura de Construir mostra muito esse caminho!

Comece fazendo o que é possível, aí você faz o curso e aprende o que é necessário e de repente aquilo que parecia impossível se transforma em realidade.”

É minha cara Laila… e esta realidade só se tornou possível pela dedicação da equipe, voluntários e claro… os empreendedores. Sem a abertura e o protagonismo de cada um, não existiriam resultados positivos e nem realidade empreendedora.

A AdC aprendeu demais com cada pedaço deste projeto… a cada vivência. 

Dividimos algumas lições aprendidas com vocês:

Com a pandemia tivemos que nos reinventar e, para seguir acompanhando os microempreendedores, adaptamos o projeto para ser executado de modo remoto (1ª lição).

A mudança não movimentou apenas a AdC, moveu também os participantes que se viram imersos em outra realidade… Para alguns um pouco mais familiar, para outros… muito distante.

A equipe da AdC aprendeu mais uma vez a eliminar a palavra “óbvio” de seu vocabulário, pois só assim é possível criar um ambiente seguro de aprendizado. Todas as perguntas são importantes (2ª lição). 

Sabemos que o engajamento dos participantes em um curso presencial se realiza principalmente com as capacitações e nos espaços entre uma e outra. Para um curso online esta segunda dinâmica é ainda mais pertinente e  foi vivenciada na prática (3ª lição).

A criação de vínculos e o conhecimento que o projeto possibilitou transborda as salas cibernéticas do Zoom (4ª lição) e se expande para fora das telas …

Num momento como este, construir conjuntamente é crucial! Esta jornada foi a possibilidade de verificar que quanto mais o financiador, o intermediário e os beneficiários estão unidos, mais se consegue responder de forma abrangente e profunda a uma necessidade! 

Gratidão ICCP por acreditar em nós e fazer esta jornada tão viva!! 

Viva à expografia Identificam-se Protagonistas e aos nossos parceiros!

Empreendedorismo por si só não existe, o que existe são pessoas disponíveis a criar, desenvolver projetos e executá-los com garra e grandiosidade a fim de viver uma vida melhor. Foi com o objetivo de passar esta mensagem que a Aventura de Construir idealizou a expografia itinerante Identificam-se Protagonistas, que circulou em diversas estações do Metrô, ViaQuatro e ViaMobilidade de São Paulo entre dezembro de 2019 e setembro de 2020.

Durante quase um ano de exposição, cerca de milhares de pessoas puderam ver, em vinte fotos selecionadas, um pouco da realidade dos microempreendedores de diversas periferias da Zona Oeste de São Paulo. 

Álvaro Alves Soares, loja de materiais de construção na Voith, Vila Aurora.

Mas essa iniciativa só foi possível por conta do apoio de diversos parceiros, entre eles o Instituto Camargo Corrêa (ICC). De acordo com Kalil Farran, Diretor Executivo do ICC, a principal motivação para que o apoio acontecesse de fato foi o alinhamento entre a proposta da expografia e as linhas estratégicas do Instituto. “O Instituto tem em uma de suas pautas de projeto o tema Empreendedorismo de forma explícita. Sempre, dentro da nossa experiência, entendemos que o legado que podemos deixar para as comunidades mais vulneráveis está no reconhecimento e apoio a ações empreendedoras comunitárias, e que cada iniciativa tem um protagonista ou um conjunto de protagonistas na comunidade que levam o empreendimento a frente”, ressalta. 

Isaac Carvalho da Silva (filho do Maciel Manoel da Silva), comércio de mercearia na Voith

A pandemia de Coronavírus trouxe, como pode ser lido na reportagem Existe futuro para a sustentabilidade dos microempreendedores no Brasil?, não só o aumento no nível de desemprego no país, mas também trouxe aos microempreendedores a incerteza com relação a sustentabilidade de seus negócios. “A necessidade do isolamento social e a exacerbação das carências na sociedade trouxe uma luz e uma reflexão maior sobre o tema. Acreditamos que estas reflexões deveriam passar a nortear a ação de Institutos e Fundações”, pontuou Kalil. Além disso, para ele, a expografia contribuiu positivamente na hora de chamar a atenção para este potencial. 

Após o fim da exposição, a Aventura de Construir segue atuando na capacitação e acompanhamento destes e outros microempreendedores. O ICC também já tem planos para o futuro: “o nosso foco estará centrado no apoio ao empreendedorismo comunitário e nas ações de baixo custo para doação de infraestrutura básica nas comunidades com ausência de serviços básicos”, disse Farran.

Além do ICC, a expografia não teria sido possível sem o apoio do Instituto Cyrela Commercial Properties (ICCP). “Queremos sempre apoiar o empreendedorismo, capacitar pessoas a ser donas do seu próprio negócio, ou até mesmo atuar em rede, tendo a capacitação certa, penso que estamos em linha com nossos projetos para 2021”, pontuou Grasiela Marques Caldeira da Silva.

Wagner Félix, estilista e costureiro no Jardim Canaã.

Aos microempreendedores, Grasiela aconselha: “Não desista, persista, pivote se precisar, análise, mas siga o bom caminho, pois você colherá coisas boas nesse plantio empreendedor”. 

Fica aqui o nosso GRANDE AGRADECIMENTO ao Instituto Camargo Corrêa e ao Instituto Cyrela Commercial Properties (ICCP) por todo o apoio fornecido antes, durante e após a expografia. 

Conheça aqui um pouco mais sobre a ideação deste projeto e neste artigo um pouco sobre o olhar do fotógrafo Diego de Jesus!
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Caso de Sustentabilidade: Luciene Marinho

Em 1996, a empreendedora Luciene Marinho foi convidada por uma amiga a auxiliar na organização de eventos. Uma ajuda em uma ocasião atípica acabou mostrando para Luciene que, além de levar jeito para o trabalho, também gostava muito de executá-lo.

A empreendedora, que ainda não se enxergava assim, passou a realizar alguns eventos por conta própria e constatou o que a princípio era só uma impressão: a paixão por este ramo de atuação.

Em 1996, ela se organizou e iniciou a Expansão Eventos. Em seu primeiro trabalho tomou gosto pela coisa. Hoje, são 25 anos no ramo, reunindo mais de 2.000 eventos realizados. Com expertise na área da saúde, agronegócio, embalagens, marketing e outros segmentos.

AS TRANSFORMAÇÕES DE UMA EMPREENDEDORA

Em junho de 2018, após mais de 20 anos de trabalho, a Expansão Eventos fechou seu último contrato, Luciene Marinho não estava mais satisfeita com seus resultados e com as parcerias realizadas ao longo do tempo, então resolve fechar a empresa e refletir sobre os rumos que deveria tomar.

Em novembro 2019, Luciene iniciou a retomada das atividades do seu negócio, mas com uma nova roupagem e com o foco voltado para Expansão Eventos, já que antes era voltado para a empreendedora e o nome da empresa era quase desconhecido pelos clientes. Então é criado o 1º COMCIFOR – Congresso Multiprofissional de Ciências Forenses e o Open Meet in Congress que marcam a retomada naquele ano.

Embora o faturamento do 1º COMCIFOR tenha sido grande, o lucro líquido foi de 3%. No Open Meet in Congress o lucro líquido negativo foi de 1,6%. Após os eventos, como podemos observar, a realidade financeira não foi satisfatória, mas a empreendedora estava preparada para esta situação. O foco deste momento era a reformatação de seu negócio e o fortalecimento de sua marca, “Expansão Eventos”. 

Em 2020, com o planejamento sendo realizado para novos congressos e a venda de inscrições nos eventos sendo realizadas, a retomada do crescimento da Expansão Eventos estava se encaminhando para colher ótimos frutos.

Então surge o COVID-19, em meados de fevereiro no Brasil, aliado com a crise econômica, que afeta diretamente os eventos planejados para serem realizados presencialmente. Os eventos com datas marcadas foram cancelados e sem previsão de retorno, com isso já havia 70% da lotação total de clientes inscritos, 30% desse percentual pede devolução do dinheiro.

Luciene passa a ter dias complicados, pois não sabia o que fazer em meio o isolamento social sem data para terminar e com várias incertezas, quando em março de 2020, a empreendedora vai fazer as unhas e encontra com Marcela de Oliveira, dona do Salão Beleza Rara, que é acompanhada pela Aventura de Construir (AdC).

O salão de beleza é um espaço livre para diálogos e foi neste universo que Luciene escutou Marcela comentando sobre como a gestão do seu salão melhorou após ser assessorada pela AdC.

Empreendedoras são sempre empreendedoras, não importa o lugar. Luciene, sempre atentas às oportunidades, sentiu na hora o interesse em conhecer essa tal Aventura de Construir e garantir um acompanhamento nesse período de incertezas para seu empreendimento.

Além de atenta, é esperta! Não postergou as suas ações. Após conversar um pouco mais com Marcela e entender como a AdC funcionava, buscou o contato rapidamente. 

A situação relatada acima pode parecer pequena… uma simples conversa dentro de salão. Porém, para a equipe da AdC apresenta um valor imenso. Um dos pilares metodológicos da AdC é “atuar em redes e criar pontes”. Marcela criou ponte ao relatar sua própria experiência e evolução. Marcela expandiu o alcance da AdC. Nós falamos daquilo que acreditamos. E isto é muito mais do que belo, é a prática de um trabalho concreto.

As assessorias com Luciene iniciaram em junho de 2020 e continuaram nos seguintes meses. Ao final de julho, a empreendedora já relatou para equipe da AdC que conseguia verificar as possíveis mudanças na estratégia de atuação de seu negócio. Neste mesmo mês o negócio tem o foco voltado para os eventos on-line, então Luciene que tinha funcionários em um prédio fixo, passa a ter profissionais freelancers em: anúncios em redes sociais, engajamento em mídias, além de comunicação visual e gerenciamento de site. O custo com mão de obra cai drasticamente.

Fonte: http://www.expansaoeventos.com.br

A empreendedora busca capacitações na AdC, como o Curso “A Realidade Empreendedora”, que trouxe os principais pontos sobre a sustentabilidade financeira e palestras para entender melhor as ferramentas utilizadas para os eventos on-line. Com conhecimento adquirido no período de capacitação e com profissionais qualificados (freelancers), Luciene Lança em agosto de 2020, o Open Meet in Congress – Congresso on-line Ibero Americano de Enfermagem, totalmente on-line com participação de especialistas da área de enfermagem e afins.

No mês de setembro de 2020, Luciene contabiliza mais de 180 inscritos, um salto enorme em relação aos primeiros meses do ano, em que o número de inscritos foi zero e vinha caindo com os pedidos de cancelamento de inscrição. Hoje, Luciene agradece por estar criando projetos dentro de casa, sem necessidade de ter um espaço físico e funcionários convencionais. Com a nova configuração do seu negócio, os custos caem, chegando a 5,56% do custo mensal com pessoal, bem diferente de quem chegou a ter uma folha de pagamento de R$ 18.000 em 2018.

Por fim, a Expansão Eventos entra em uma nova realidade e passa a oferecer seus serviços on-line, com custos menores e preços mais acessíveis para os clientes e com isso atinge também um novo público para os eventos. A empreendedora Luciene Marinho comenta que:

“Hoje tenho a minha empresa no meu celular e levo para qualquer lugar, não preciso me locomover e gastar com aluguel”.

Luciene Marinho
Website da Expansão Eventos | Instagram: @expansaoeventos

Concerto no MIS para AdC

Um Toque de Arte com embaixador da musica brasileira no mundo

Tocando peças de grandes filmes, da Novo Cinema Paradiso a Piratas do Caribe e ET, Marcelo Cesena vai nos mostrar quanta parte da beleza do cinema que amamos depende da musica.

Marcelo volta para sua São Paulo, onde se formou, ganhando duas vezes o  “Concurso jovens solistas da Orquestra Sinfônica” do Estado de São Paulo e o primeiro posto no “Concurso de Musica de Câmera” da Faculdade de Santa Marcelina. Agora trabalha na Itália e em Hollywood, onde ganhou, entre os outros, o “Brazilian International Press Award” no 2009 e no 2013.

Muito envolvido em causas em âmbito social, o artista se ofereceu para a este evento importante que faz parte de uma série de ações realizadas pela Associação Aventura de Construir (AADC) no processo de diversificação de suas fontes de recursos.

Originalmente criada pela italiana Fondazione Umano Progresso, a Associação recebeu aporte financeiro durante 7 anos para que pudesse iniciar suas atividades, desenvolver sua metodologia e consolidar seu trabalho com o público de baixa renda nas periferias de São Paulo.

A Aventura de Construir oferece assessorias individuais, capacitações nas áreas e suporte para obter microcrédito produtivamente orientado. Tal acompanhamento tem resultado em um impacto positivo na vida e nos negócios dos empreendedores das regiões periféricas de São Paulo que conscientes do fato que a construção profissional está intimamente relacionada com o processo de construção pessoal e humano.

A partir de 2019, a Aventura de Construir passa a atuar de forma independente e deve buscar novas parcerias. “Assim como nossos microempreendedores, agora é o momento de crescer e aproveitar as oportunidades de expandir nosso trabalho visando o desenvolvimento territorial inclusivo e a formação integral do ser humano.” – como ressalta a Presidente da AADC, Silvia Caironi.

Por mais que seja desafiador operar em um ambiente de mudanças, é nessas horas que podemos vivenciar a nossa capacidade de criação e originalidade, a força da nossa missão e, para finalizar, e o que nos deixou muito felizes, a confiança e credibilidade que geramos nesses anos em vários parceiros e empresas através do nosso trabalho. Parceiros que foram além do provável para nos ajudar e, o fruto dessa empreitada serão dois concertos de piano sem precedentes que unem a arte e a captação de recursos em prol da Aventura de Construir. Um feito que não seria possível sem o apoio do Museu da Imagem e Som, do Marcelo Cesena, do empresário Ferreirinha e da Associação Educar para a Vida.

O concerto será no Museu da Imagem e do Som (MIS),Av. Europa, 158 – Jardim Europa, São Paulo, SP, sexta, 3 de agosto de 2018, as 19h, ao preço único de R$90,00 (compre online aqui via Sympla).
A ocasião requer um cerimonialista a altura. Convidado para se juntar ao evento, Carlos Ferreirinha será o condutor deste grande espetáculo. Responsável pela MCF consultoria, Ferreirinha está à frente da empresa que lidera a inteligência estratégica da gestão do Luxo e Premium na América Latina por meio de consultoria, capacitações e pesquisas.

A noticia do concerto já saiu no UOL, Terra e Istoé.

Esta propostas prova como um desafio se possa tornar uma oportunidade para construir algo cheio de beleza com a certeza que tinha Dostoiévski “A beleza conquistará o mundo”.
Se deixe conquistar também por esta beleza!!!!
Esperamos você!!!

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CONHECER O FUTURO E VIVÊ-LO COMO PROTAGONISTA

CONHECER O FUTURO E VIVÊ-LO COMO PROTAGONISTA

O mundo passou por muitas mudanças, e não é necessário buscar muito longe para percebermos. Isto demonstra a importância da atualização até mesmo no nosso cotidiano. Diariamente empresas do mundo inteiro investem pesado em inovação com o objetivo de criar respostas para as necessidades presentes no mercado. As novas tecnologias fazem parte desse processo, mas é importante ressaltar que, mais do que abrir diferentes oportunidades de negócios, elas proporcionam uma verdadeira revolução na sociedade, possibilitando ações antes inimagináveis e melhorando a qualidade de vida das pessoas. Entende-se, então, que as transformações sociais estão diretamente ligadas às transformações tecnológicas da qual a sociedade se apropria para se desenvolver e se manter.

Os benefícios que as novas tecnologias geram são inúmeros e se estendem a cada um dos setores sociais, desde a área empresarial até a da saúde. Pensando nesse contexto, nesse mês de outubro a Aventura de Construir irá proporcionar para os empreendedores e público em geral, uma palestra sob o título “ Conhecer o Futuro e Viver como Protagonistas” uma formação sobre Inteligência Artificial e suas aplicações com o empresário Vaney Fornazieri, Diretor Administrativo da Seepix Digital.

Vaney traz consigo uma importante bagagem de conhecimento através de suas experiências no Vale do Silício, região da Califórnia nos Estados Unidos conhecida por ser o principal centro de inovação e tecnologia no mundo, onde estão localizadas empresas como Apple, Google, Microsoft, Facebook, etc.

O conhecimento por si só sobre as novidades tecnológicas no mundo pode soar distante e é justamente neste ponto que nossa palestra pretende tratar, em entender quais mudanças práticas essas transformações trazem ao nosso cotidiano, seja em âmbito pessoal ou profissional. Precisamos conhecer o novo e nos preparar para se reinventar diante a novos desafios.

Este encontro é uma oportunidade única para nossos empreendedores poderem trocar experiência com um profissional renomado e terem a possibilidade expandirem suas perspectivas.

Este encontro acontecerá no dia 17/10 com início pontualmente às 19h até 21h no Salão da Associação dos Trabalhadores Sem Terra, na rua Felix Guilhem, 227 – Lapa de Baixo.

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